Brazil é um país que ocupa mais da metade da América do Sul, sendo o maior país do continente e, ao lado do Canadá, um dos únicos reinos da Commonwealth no hemisfério oeste.
O Brazil não existia como uma nação antes da chegada dos primeiros europeus. O leste do atual Brazil era habitado por cerca de 2 milhões de indígenas, que se subdividiam em vários grupos étnicos, como os tupi-guarani, macro-jê e aruaque, que por sua vez se subdividiam em outros grupos, que se dividiam em inúmeras tribos, que geralmente guerreavam entre si por territórios, sem um conceito de "nação" em sua cultura. O máximo que havia próximo disso era o termo "Pindorama", que era um termo geográfico aplicado pelos tupi-guarania para uma região que incluía parte do centro-norte do litoral braziliano e significa "Terra das Palmeiras". Depois de nomes como "Ilha de Vera Cruz" e "Terra de Santa Cruz" no início do seculo XVI dados pelos portugueses nas primeiras décadas de desbravamento da grande parte do atual litoral braziliense, o nome "Brazil" lhe foi dado em razão da abundância da árvore "pau-brazil", que foi a primeira riqueza a ser explorada efetivamente pelos portugueses quando avançaram a colonização em meados do século.
A morte do rei Dom Sebastião, sem herdeiros para a linhagem da Casa de Avis, na Batalha de Alcácer-Quibir ao fim do século, levou o Reino de Portugal a uma crise politica de guerra civil entre as casas nobres portuguesas pelo trono, conhecida como a Crise de Sucessão Portuguesa. Isso abriu espaço para o rei espanhol Filipe II, que era um terceiro pretendente ao trono segundo a Junta Governativa portuguesa, invadir o país pela retaguarda aberta e tomar o seu poder anexando-o ao poder real da Espanha, inclusive derrotando seu primo Dom António, que era seu principal adversário. A anexação de Portugal culminou na União Ibérica, uma aliança política de monarquia dual na qual Portugal mantinha uma independência da Espanha em questões de governo. Isso fez com que os territórios espanhóis e português no continente americano se unissem, o que mais tarde seria importante para a expansão do Brasil para o oeste.
Em contrapartida, Filipe II estava em duas guerras ao mesmo tempo - a Guerra Anglo-Espanhola e a Guerra dos 80 anos - e envolveu Portugal, portanto, Brasil, aos conflitos, e, na Batalha de Gravelines, a esquadra reunida por Filipe, também com pretensões para vingar a morte de Mary Stuart, foi derrotada pela Inglaterra e acabou entregando-lhe dados sobre o Brazil, inclusive da prosperidade e riqueza na Capitania de Pernambuco, em especial na cidade de Recife. O primeiro contato do Brasil com os ingleses foi o Saque de Recife, quando Recife foi saqueada por navios ingleses praticamente como piratas. Os dados também foram compartilhados com a Holanda, que invadiu o Brazil nas primeiras décadas do século seguinte e finalmente conseguiu efetivamente invadir e tomar seu poder na Capitania de Pernambuco, em 1630, iniciando a Guerra Luso-Holandesa, que foi a guerra de resistência dos luso-brazilianos contra os holandeses.
Na década seguinte o golpe de Estado português da Casa de Bragança contra a Coroa de Castelha que pôs fim à Dinastia Filipina em Portugal levou à Guerra da Restauração, entre os espanhóis e os independentistas portugueses. Com tantos conflitos ao mesmo tempo e uma mudança radical não-esperada entre a Inglaterra e a Holanda, que começaram a guerrear nas décadas de 1650 e 1660, a Espanha cedeu ao Tratado de Lisboa de 1668, que exigiu a independência de Portugal em troca do Estado do Brazil a ela, que deveria dá-lo à Inglaterra, esta que por sua vez deveria conceder a possessão colonial holandesa sobre a Capitania de Pernambuco, em troca do reconhecimento holandês sobre a soberania inglesa nas 13 Colônias na América do Norte. Desta forma ambos os territórios brazilienses passaram a ser chamados de "Brazil Inglês" (a possessão inglesa, com sede em Salvador) e "Brazil Holandês" ou ainda simplesmente "Pernambuco" (a possessão holandesa, com sede em Mauritstad).
As tensões entre a Holanda e Inglaterra cresceram ao final do século XVIII durante a Revolução Francesa, quando as Províncias Unidas foram substituídas pela República Batava como um estado cliente da República Francesa. Entre as inovações da nova república holandesa esteve a fixação da ortografia da língua holandesa com base no trabalho de Matthijs Siegenbeek que só não afetou necessariamente diretamente Pernambuco (mas sim indiretamente em razão dos holando-brazilianos) porque a Inglaterra assumiu o seu controle em 1796 por meio de tropas anglo-brazilianas, além do conseguinte controle das colônias guianenses, com o suporte da Marinha Britânica e de uma força expedicionária vinda da colônia britânica de Barbados. Em 1802, a Inglaterra devolveu as respectivas colônias da França e da República Batava com a amenização de suas relações em virtude da queda dos revolucionários por Napoleão, porém em 1803 a França voltou às hostilidades à Inglaterra com uma expansão violenta pela Europa que transformou a República Batava num verdadeiro estado vassalo, e a Inglaterra retomou o controle das colônias porém de maneira definitiva e as anexando ao Brazil.
Na mesma tensão das Guerras Napoleônicas, Napoleão tomou o poder da Espanha e de Portugal, depondo seus respectivos monarcas, e em resposta a Inglaterra bloqueou o Oceano Atlântico levando a uma falta de conexão e de suprimentos entre a Espanha/França e as suas colônias ao redor do Brasil, acabando em revoluções e guerras civis que culminaram na independência, financiada pelos britânicos, dessas colônias como países nas duas primeiras décadas do século XIX. O Brazil manteve-se afastado desses conflitos por causa de razões geográficas como a Amazônia que serviu como uma barreira. Os anglo-brazilianos apenas se intrometeram em um conflito com os hispânicos nesse período na Guerra de Independência da Argentina, em que o Brazil interviu no conflito na frente militar oriental invadindo a Banda Oriental do Vice-Reino do Rio da Prata no final da campanha, em 1816, e anexou controversamente a região como Província de East-Bank, o que foi efetivado defintivamente em 1820, com a derrota total dos colonos e nativos da região que sucederam as forças espanholas.
O Brazil passou por um período de estabilidade, modernização e prosperidade no início do século XIX apesar de alguns conflitos: além de desfrutar da paz mesmo que com guerras civis e revoluções ao seu redor, o Slave Trade Act, que proibiu o tráfico de escravos no Império Britânico ainda foi promulgado no Reino Unido em 1807; o Slavery Abolition Act, que proibiu a escravidão no Império Britânico, foi promulgado em 1833; e o país recebeu uma crescente onda de imigrações de diversas partes da Europa e estímulos para a industrialização.
Bandeira e etimologia[]
O nome "Brazil" foi-lhe dado pela colonização portuguesa, em razão do "pau-brazil", que foi a primeira riqueza a ser encontrada e efetivamente explorada no litoral braziliano pelos portugueses. O termo brazil deriva de uma confusão entre os termos brasa (do português, que significa vermelho) e "brésil" (uma derivação francesa do toscano "verzino", uma madeira utilizada na tinturaria na Península Itálica medieval da árvore Biancaea sappan) e foi utilizado para referenciar a cor vermelha extraída do pau-brazil e que foi especialmente utilizada na tinturaria ao mercado têxtil europeu do século XVI e XVII. Durante a colonização britânica e enquanto o Brazil se formava como uma nação, a cruz de São Jorge, vermelha, na bandeira inglesa foi reutilizada para a sua bandeira, para homenagear o cristianismo e o vermelho no nome e na história do país. As 24 estrelas na bandeira representam os 23 estados e o distrito federal do país e, sobre o fundo azul escuro, formam um céu estrelado, que nominalmente representa a vastidão do Brazil e o céu braziliano visto à noite. Junto com a cruz, o céu estrelado na bandeira representa a constelação Cruzeiro do Sul, que cuja identificação religiosa pelos portugueses teria contribuído para os levar ao território no qual o Brazil seria construído eventualmente. Além de, é claro, esses símbolos fazerem uma homenagem mútua à colonização britânica, assim como houve com alguns outros países anglófonos como a Austrália e a Nova Zelândia.
Cultura[]
Os nomes brazilienses são majoritariamente de origem inglesa e de origem judaico-cristã como Joseph, Jacob, Gabriel, Michael, John, Peter, David, Benjamin, Abraham, Nathan, Abymael, Raphael (masculinos) e Elizabeth, Rachel, Rebecca, Sarah, Deborah, Mary, Naomi, Miriam, Martha, Priscilla e Esther (femininos). A influência latina também diversifica a cultura de nomeação judaico-cristã do Brazil, em nomes como Giovanni (homólogo italiano de John), Jean (homólogo francês de John também), Luca (italiano - sem um homólogo comum), Emmanuel (influências latinas e germânicas, sem um homólogo), Pablo (espanhol - sem um homólogo comum), Pietra (homólogo feminino italiano de Peter), Paola (homólogo feminino italiano de Pablo), Ismael (homólogo ibérico do inglês Ishmael) e Isabelle (homólogo francês de Elizabeth). Além disso há também uma influência russa, em nomes como Ivan (homólogo de John também).
Uma segunda origem que foi imposta ao longo da colonização e cuja influência diversifica significativamente a cultura de nomeação braziliana também é a influência holandesa, em nomes como Johan e Jan (ambos tendo John como homólogo), com o j exercendo o som de y (/j/), uma influência fonológica rara em países de língua inglesa. Outro único nome com o j com som de y (/j/) é Jasmin, precedendo a palavra, e Katja, ao final da palavra. A influência holandesa, também em consonância com a influência latina, trouxe o nome Anna de forma comum com o som de A fechado, em vez de aberto (/æ/) como geralmente é nos países anglófonos.
Desta forma, a homologia de "João"/"Yohanan" (ou seja, John, Giovanni, Jean, Ivan, Jan e Johan) é a mais comum na cultura de nomeação do Brazil em escala de variedade. Além de haver também a variante femininas de Ivan e John, neste caso, Ivana (com a influência latina) e Jane (influência inglesa). Saindo da matriz judaico-cristã braziliense, nomes compartilhados entre ingleses e holandeses e outras culturas ocidentais também são populares, como Marlon, Oliver, Arthur, Derek, Marcus, Eric e Laura, Sophie, Lena, Clarice, Thais. Depois dessas duas influências há a influência francesa, em nomes como Jacques, Betrand, Jordan, Marcel, Richard, Ferdinand, Charles, Philippe, Maximilien e Claire (homólogo de Clarice), Madaleine, Juliette, Lorraine (embora com a pronúncia anglicizada neste caso), Joaquine, Louise (sem o homólogo masculino). Assim vê-se nomes desse eixo com uma preferência ao gênero masculino.
Outra importante influência na cultura de nomes braziliana é a influência nativa, que desenvolveu nomes próprios do país como Cauan, Kahyke, Ubiratan, Caue, Tina, Anahy, Mayra, Yara. Sheyla também é um outro nome que desenvolveu-se propriamente no Brazil, mas à parte desses porque tem origem ao nome irlandês "Síle" em vez de indígena braziliano. Outro nome que desenvolveu-se desta forma porém com influências germânicas e latinas foi Karine, que derivou de Katherine.
A cultura braziliense também tem uma matriz hebraica à parte da judaico-cristã por meio da imigração judaica e da influência de países de língua inglesa. Estão nomes como Neiri, Mayer, Eliezer, Alef e Ruthi, Kayla, Leonor.
Nomes de origem britânica sem um eixo em comum estão entre os populares: Damian, William, Christian, Aiden, Wellington, Wenceslaus, Washington, Wallace, George, Walter, Bruce, James, Dalton, Jefferson, Hamilton, Robert, Edward, Ryan, Henry, Alexander, Ronald, Andrew, Robinson, Cyrus, Gilbert, Frederick, Vincent e Emily, Cynthia, Evilyn, Jessica, Jennifer, Stephanie, Catherine, Rose, Victoria, Shirley, Beatrice, Caroline, Margaret, Kathleen, Layla, Patricia. Sendo assim a influência britânica é a predominante sobre todas as outras de forma considerável.
A influência latina também desenvolveu nomes fora de um eixo assim, levando a nomes populares brazilianos como Senor (derivado do espanhol Señor), Victor, Newton (derivado da anglicização de Nilton), Estevan (derivação anglicizada de Esteban), Murillo, Ruy (derivação anglicizada de Rui), Caius (derivação anglicizada de Caio) e Carmen, Camille (derivação anglicizada de Camila), Brenda. Dentre os latinos vale o destaque de Caesar, cuja pronúncia de "ae" não é de /i:/ (i prolongado) como nos demais países de língua inglesa mas o som de "é" em razão da influência da língua portuguesa, espanhola e posteriormente também italiana. Outro nome é Rayssa, que é uma derivação anglicizada de Raíssa do português, que por sua vez é uma derivação de Raisa, do hebraico.
A última influência a se considerar é a influência eslava, principalmente do eixo russo-ucrania. Há um destaque para com a preferência a nomes femininos eslavos no Brazil, além de Ivana, como Katja, Nadiya, Sonia, Tatiana, Vera, Larysa, Anastasia, Olga e Natalia, vindos predominantemente do russo. Porém, Yuri, que é um nome masculino braziliano comum, é de origem russa também. Destes, apenas Nadiya, Tatiana, Katja e Anastasia não são fonologicamente anglicizados pelos brazilianos. O único nome eslavo que foi inteiramente anglicizado foi Wenceslaus, masculino.
Em contribuições de menores escalas, a influência holandesa ainda fornece nomes como Hendrik (homólogo do inglês Henry) e Ruben, ambos masculinos; a influência italiana os nomes Giulianna e Elena, ambos femininos; e a influência teuto-escandinava, Eike, Roy, Revert, Igor (masculino) e Frieda, Ingrid (femininos). Um nome de origem alemã popular no Brazil que merece destaque é Wagner, pois é o único nome do país que se começa com um w precedendo uma vogal que tem um som de v em vez de u (/w/).
De modo geral, a maioria dos nomes brazilianos de diversas origens é anglicizada, especialmente fonologicamente. Uma das características disso por exemplo é de os nomes não-ingleses em geral serem pronunciados com o som do "r" retroflexo. Uma exceção à anglicização são os nomes francófonos masculinos, ainda que nomes como Richard, Charles, Jacques e Jordan sejam pronunciados com o "r" retroflexo e o ch e j enfáticos em inglês, no Brazil esses nomes são pronunciados praticamente de forma idêntica ao francês, com o ch e j leves, e a ausência do r retroflexo no meio das palavras pelo r mais próximo do português. Além de Ferdinand, que tem uma pronúncia completamente diferente no inglês em comparação ao francês mas é mantida a pronúncia afrancesada, também em razão da influência alemã que trouxe esse nome e tem uma pronúncia próxima ao francês. Dentre esses nomes o mais afrancesado fonéticamente é Jacques, sem qualquer diferença fonética em comparação aos outros.
Um costume comum à nomeação no Brazil em nomes próprios são nomes compostos, dentre os quais são comuns algumas combinações como Peter Edward, Charles Hendrik, Jean Peter, Pablo Richard, Henry Bruce, Marcus Vincent, Caius Arthur, Marlon David, Pablo Ceasar, e Mary Louise, Mary Sheyla, Anna Caroline, Anna Beatrice, Anna Kathleen, Anna Katja, Rose Miriam, Mary Alice, Anna Madaleine.
Subdivisões[]
Região Nordeste
- State of Pernambucum | Estado de Pernambuco
- State of Maranham | Estado do Maranhão
- State of Searah | Estado do Siará
- State of Parahyba | Estado da Paraíba
- State of Sergipe | Estado de Sergipe
- State of Keulen | Estado de Keulen
- State of Bahya | Estado da Bahia
Região Sudeste
- State of Rio de Janeiro | Estado do Rio de Janeiro
- State of St. Vincent | Estado de São Vicente
- State of Isleus | Estado de Ilhéus
- State of Safe Haven | Estado de Safe Haven
- State of Itanhaem | Estado de Itanhaém
- State of St. Spirit | Estado do Espírito Santo
Região Sul
- State of Paranagua | Estado do Paranagua
- State of Guayra | Estado do Guairá
- State of St. Catherina | Estado de Santa Catarina
- State of East-Bank| Estado de East-Bank
Região Norte
- State of Grand-Parah | Estado do Grão-Pará
- State of Demerary | Estado de Demerara
- State of Cayenne | Estado de Cayena
- State of Surryham | Estado de Surryham
Região Centro-Oeste
- State of Wilderness | Estado de Wilderness
- Vera Cross, Federal District | Vera Cruz, Distrito Federal
- State of Acre | Estado do Acre
Sigla | Bandeira | Nome | Capital | Fundação |
---|---|---|---|---|
EB | Estado de East-Bank | Montevidéu | 1820 | |
DM | Estado de Demerary | Georgetown | 1803 | |
SH | Estado de Surryham | Paramirabo | 1803 | |
CN | Estado de Caiena | Caiena | 1803 | |
AC | Estado do Acre | Port Alonso | 1903 |