O conservadorismo no Brasil é um conjunto de crenças filosóficas que preservam as tradições sociais e as políticas conservadoras no Brasil. Uma de suas principais características nos tempos modernos, é a oposição ao aborto e o casamento LGBT, a ênfase em questões religiosas envolvendo tanto o protestantismoquanto catolicismo, e a defesa da família tradicional.
O conservadorismo no Brasil como em qualquer país, teve uma série de mudanças conforme o contexto histórico. Durante a colonização portuguesa e o Império, o conservadorismo sempre teve como ênfase na raízes culturais luso-brasileiras, tal como o apoio a imagem do monarca, e a maior presença da igreja católica na política. Isso veio acabar com o fim da Monarquia em 1889, e o conservadorismo por muito tempo, se concentrou no federalismo, a forte defesa do liberalismo econômico, e outras tradições envolvendo a igreja católica, extremamente presenta na sociedade brasileira. O conservadorismo veio a mudar tragicamente com a chegada do Clarkismo, quando a política de capitalismo de estado, sionismo cristão e outras crenças protestantes que começaram a ser aceitas pela sociedade brasileira, muitas vezes de forma controversa.
História[]
Escolas[]
Clarkismo[]
O Clarkismo, é atualmente, a maior corrente do conservadorismo brasileiro na atualidade. Consiste nas políticas internas envolvendo a presidência de Eduíno Clark, que governou o país por 28 anos, o governo mais longevo da história da república.
O Clarkismo defende o intervencionismo do Estado na economia e na preservação das empresas estatais brasileiras, sendo esse a mais característica diferença com outras correntes conservadores no Brasil. Clarkismo também é conhecido por ressalta as doutrinas da Direita Cristã e sua filosofia da Tradição judaico-cristã, que viria ser a base pro Sionismo cristão dentro do seu eleitorado, uma estratégica de Clark para ampliar a percepção positiva do Estado de Israel, um grande aliado pelo Regime Clarkista.
Embora o referendo de 1992 mostra-se que a maioria dos brasileiros preferiram o fim do seu regime e a restauração da democracia liberal, a imagem de Clark e sua doutrina ainda vigorava pela direita brasileira. O Brasil teria dois presidentes altamente simpatizantes de Clark: Cheney, que governou de 1999 a 2009, e Bolsonaro, que governou de 2014 a 2024. Pesquisa feita pelo IstoÉ em 2001, mostrou que 92% dos eleitores que votaram em sua continuação no referendo, se identificavam como Clarkistas ou conservadores. Outra pesquisa feita pela CBS polls em 2014, mostrou que 70% dos entrevistados que definiam-se de direita, identificam-se como Clarkistas.
Deve-se notar que o Clarkismo diverge-se da Doutrina Clark, essa que foca apenas na política externa do presidente Clark, enquanto o Clarkismo além de abranger a Doutrina Clark, incluiu as suas políticas e pensamentos na economia e tradição.
Lacerdismo[]
Consiste no conjunto de ideias do ex-governador da Guanabara, Carlos Lacerda, que incorpora o Liberalismo Clássico e sua defesa no livre mercado, na postura pró-ocidental na política externa, e principalmente a sua oposição ao PTB e o legado de Getúlio Vargas. É a ideologia oficial da União Democrática Nacional desde sua refundação em 1995. O termo Lacerdismo nunca foi usado com tanta intensidade quando a UDN era liderada por Lacerda na época da Quarta República, somente ganhando força após a morte de Lacerda em 1977.
Desde a morte de Lacerda, o Lacerdismo passou por uma mudança considerável, isso pois na política doméstica, muito de seus membros acabaram abraçando e se inspirando no Republicanismo Rockefeller, adotando posturas mais progressistas e moderadas, enquanto economicamente eram amplamente laissez-faire. Isso se definiu quando João Amoêdo tornou-se líder do partido em 2013, na qual junto com o presidente do partido, Fernando Collor, foi contra as medidas conservadores de Bolsonaro como as Zonas livres de LGBT, descrevendo como algo ''contra o direito básico do individuo''. Isso fez uma racha dentro do partido, e membros contrários as posturas de Amoêdo saíram e se juntaram ao Missão.
Liberalismo Nacional[]
Essa ideologia é uma variante do liberalismo, que defende as pautas do nacionalismo, soberania nacional e as vezes nativismo, ao mesmo tempo que adere políticas fiscais e outros elementos do liberalismo clássico. Os liberais nacionais, principalmente no Brasil, também são amplamente conservadores, rejeitando as mesmas agendas progressistas que o ARENA é contra, principalmente a ideologia de gênero e o ''wokismo'' que se popularizou no Brasil por conta de seus membros nos anos 2020.
Essa é uma ideologia oficial do Missão, um partido político fundado em 2017 pelo ativista e atual deputado, Kim Kataguri. O partido surgiu em meio ao contexto de ascensão de Jair Bolsonaro, um Clarkista severo que chegou com uma plataforma estatista e anti-liberal clássica, bem como a moderação do UDN que fez com que muitos conservadores liberais migrasse ao partido. A Missão tem um princípio totalmente voltada as ideias do liberalismo nacional, e também pegando as políticas econômicas do Lacerdismo, porém se opondo as pautas progressistas, o que faz do Missão um partido socialmente conservador.