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Eleições legislativas no Brasil em 2023

2019 ←
2 de junho de 2023

Todos os 513 assentos na Câmara dos Deputados
256 assentos necessários para maioria
  Partido da maioria Partido da minoria Terceiro partido
 
Líder Fernando Haddad Aldo Rebelo Jorge Kajuru
Partido Partido Liberal[1] Partido Progressista[1] Bloco Republicano
Coalizão Bloco Mudança e União Coligação Popular Democrática
Líder desde 28 de maio de 2023 25 de abril de 2022 16 de fevereiro de 2023
Círculo eleitoral São Paulo São Paulo Goiás
Assentos ganhos 141 138 57
Mudança de assentos Baixa 77 Baixa 10 Aumento 27
Votos em lista fechada 26 086 754 31 121 039 15 102 857
Votos em lista aberta 38 191 289 31 826 074 10 911 797
Porcentagem 27,58% 27,00% 11,16%



  Quarto partido Quinto partido Sexto partido
 
Líder Arthur Lira Jair Bolsonaro Marina Silva
Partido Partido Conservador Frente Nacionalista Partido Verde
Líder desde 10 de julho de 2021 7 de setembro de 2017 19 de novembro de 2019
Círculo eleitoral Alagoas Guanabara Acre
Assentos ganhos 55 44 22
Mudança de assentos Aumento 5 Aumento 37 Aumento 16
Votos em lista fechada 8 695 584 12 814 545 6 407 273
Votos em lista aberta 16 367 695 7 274 531 3 637 266
Porcentagem 10,75% 8,62% 4,31%

As eleições legislativas no Brasil em 2023 foram realizadas na sexta-feira, dia 2 de junho de 2023 para a Câmara dos Deputados do Brasil. A eleição resultou em uma vitória acirrada da federação governista do Bloco Mudança e União, encabeçado por Fernando Haddad, por uma diferença mínima recorde de três cadeiras para a Coligação Popular Democrática, liderada por Aldo Rebelo.

O Partido Liberal havia ganho as eleições de 2019 com uma ampla maioria também sob a Coligação Popular Democrática, formando uma coligação com o Partido Federalista. Contudo, seu governo foi assolado sobretudo pela pandemia de COVID-19, que causou mais de 300 mil mortes e um revés econômico no país. Apesar da melhora em 2022, o revés voltaria a ser discutido com o alto custo da coroação de Afonso I durante as celebrações do bicentenário da independência, e com o aumento do preço dos combustíveis e pedágios, que acarretariam também na greve geral dos caminhoneiros, que paralisaria o país em novembro de 2022. A crise se afundaria após a retirada de apoio dos partidos Verde e Juntos!, que apoiariam a moção de desconfiança em março de 2023.

Essa foi a primeira eleição para a Câmara desde 2019, e a primeira sob o reinado de Afonso I. A Primeira-ministra Ana Amélia Lemos sofreu uma moção de desconfiança e manifestou sua intenção de renunciar ao cargo de líder o partido, não concorrendo à reeleição. O Bloco Mudança e União convocou uma eleição de liderança, que deu vitória ao deputado Fernando Haddad (PL) em cima de Rodrigo Maia (PF).

As pesquisas até a moção de desconfiança mostravam uma liderança modesta do Bloco Mudança e União em até cerca de 5 pontos acima da Coligação Popular Democrática. Contudo, além da renúncia de Ana Amélia Lemos, a margem acabaria acirrando até a última semana de campanha, da qual os dois maiores nomes acabariam em empate técnico. No fim, os dois partidos acabariam perdendo cadeiras, com o BMU sofrendo a maior queda de 77 cadeiras, e o CPD de apenas 10. O Bloco Republicano, então consistentemente o quarto colocado nas pesquisas, viu seu número de assentos aumentar para 57, desbancando o então tradicional Partido Conservador para quarto lugar. Com o maior número de assentos ganhos, a Frente Nacionalista, liderada por Jair Bolsonaro, virou o quinto maior partido, seguido pelo Partido Verde, de Marina Silva. Novos partidos que entram na Assembleia Geral são o Movimento de Unidade Indígena, com dois deputados e o União Libertária, com um deputado.

A avaliação do resultado das eleições, apesar de estarem em sintonia com as pesquisas, são considerado uma surpresa para analistas e os setores mais tradicionais da política. Desde a mudança do sistema de votação e a permissão de partidos republicanos a entrarem na Assembleia Geral nos anos 60, juntamente à insatisfação do eleitorado brasileiro em relação à política contemporânea, novas agremiações políticas têm surgido como alternativas consideradas viáveis em confrontar esses grupos tradicionais, como são o caso do Bloco Republicano, que ocupou parcelas da esquerda do CPD, e da Frente Nacionalista, da direita do Partido Conservador.

Contexto[]

Pandemia de COVID-19[]

Coroação de Afonso I[]

Greve dos caminhoneiros e crise política[]

Reforma política[]

Sistema eleitoral[]

Partidos e candidatos[]

Candidatos[]

Campanha[]

Cobertura da mídia[]

Desinformação[]

Debates[]

Pesquisas eleitorais[]

2023[]

Data de pesquisa Agregador Tamanho da amostra BMU CPD PC BR J! FN PCB PV L L7S Outros Vantagem
PL PF PP PS PT
29–30 Mai Ipespe 1.500 29,6% 28,7% 11,9% 10,2% 2,9% 7,8% 1,3% 5% 0,9% 0,8% 0,9% 0,9%
27–30 Mai IPEC 2.300 21,1% 7,6% 7,7% 14% 7,4% 12,8% 9,4% 2,1% 6,9% 2% 5,3% 1,7% 0,7% 1,3% 0,4%
28,7% 29,1%
28 de maio Fernando Haddad vence a eleição de liderança do Bloco Mudança e União.
24–26 Mai Datafolha 5.926 23,2%
(119)
7,1%
(37)
8%
(41)
13,5%
(69)
6,7%
(35)
12%
(61)
9,9%
(51)
2,8%
(14)
7,2%
(37)
1,9%
(10)
4,8%
(24)
1%
(5)
0,8%
(4)
1,1%
(6)
2,1%
30,3%
(156)
28,2%
(145)
18 de março Ana Amélia Lemos decide renunciar ao cargo de líder do Bloco Mudança e União e convoca novas eleições legislativas.
28 de fevereiro Fusão entre os partidos do Bloco Republicano é formalizada.

Resultados[]

Partido Lista fechada Lista aberta Assentos totais +/-
Votos % Assentos Votos % Assentos
Bloco Mudança e União 26 086 754 22,35% 57 38 191 289 32,81% 84 141 -77
Partido Liberal 21 052 468 18,04% 46 23 642 227 20,31% 52 98 -73
Partido Federalista 5 034 286 4,31% 11 14 549 063 12,50% 32 43 -4
Coligação Popular Democrática 31 121 039 26,67% 68 31 826 074 27,34% 70 138 -10
Partido Progressista 6 864 935 5,88% 15 15 458 379 13,28% 34 49 -14
Partido Socialista 14 187 532 12,16% 31 7 274 531 6,25% 16 47 -7
Partido Trabalhista 10 068 572 8,63% 22 9 547 823 8,21% 21 43 +11
Bloco Republicano 15 102 857 12,94% 33 10 911 797 9,38% 24 57 +27
Partido Conservador 8 695 584 7,45% 19 16 367 695 14,06% 36 55 +5
Frente Nacionalista 12 814 545 10,98% 28 7 274 531 6,25% 16 44 +38
Partido Verde 6 407 273 5,49% 14 3 637 266 3,13% 8 22 +16
Partido Comunista Brasileiro 3 209 779 2,75% 7 2 273 291 1,95% 5 12 +5
Federação Democrática Solidária 3 197 493 2,74% 7 1 895 225 1,63% 3 10 +4
Partido Democrata Cristão 1 039 968 0,89% 2 1 363 975 1,17% 3 5 +1
Partido da Boa Vontade 1 372 987 1,18% 3 382 729 0,33% 0 3 +2
Partido Humanista 784 537 0,67% 2 148 521 0,13% 0 2 +1
Juntos! 3 661 299 3,14% 8 909 316 0,78% 2 10 -8
Partido Renovador Cristão 937 287 0,80% 2 2 727 949 2,34% 6 8 -3
Livres 1 830 649 1,57% 4 457 005 0,39% 1 5 0
Liga do Sete de Setembro 1 372 987 1,18% 3 452 311 0,39% 1 4 +1
Frente Cívica das Províncias 1 095 663 0,94% 2 1 007 247 0,86% 2 4 -1
Partido Autonomista Rio-Grandense 965 016 0,83% 2 469 055 0,40% 1 3 0
Partido Democrático Paulista 77 356 0,07% 0 454 658 0,39% 1 1 -1
Frente Única da Guanabara 28 821 0,02% 0 55 132 0,04% 0 0 0
Juntos pela Bahia 24 470 0,02% 0 28 402 0,02% 0 0 0
Movimento da Unidade Indígena 893 363 0,77% 2 423 896 0,36% 0 2 Novo
União Libertária 461 927 0,39% 1 423 727 0,36% 0 1 Novo
Aliança Municipal Renovadora 229 759 0,19% 0 105 297 0,09% 0 0 -1
Partido Comunista – 4ª Internacional 242 814 0,20% 0 92 253 0,08% 0 0 0
Partido Libertário Social 109 246 0,09% 0 49 482 0,04% 0 0 0
Comitê de Anticorrupção 59 384 0,05% 0 39 217 0,03% 0 0 Novo
União pela Família e Liberdade 27 311 0,02% 0 24 822 0,02% 0 0 Novo

Análise e repercussão[]

Interna[]

Enquanto os dois partidos mais votados estiveram dentro da margem das pesquisas de intenções de voto, as estimativas subestimaram o aumento de cadeiras de partidos menores, além da ultrapassagem do Bloco Republicano, que desbancou o Partido Conservador nas eleições, e da Frente Nacionalista, que foi o partido que mais aumentou no parlamento. Geralmente, isso foi atribuído à retórica adotada por lideranças como Jorge Kajuru e Jair Bolsonaro que fizeram com que seus eleitores recusassem responder pesquisas eleitorais, vistas como parte do establishment.

Foram as eleições legislativas mais acirradas em vinte anos, inclusive batendo o recorde de votos. Parte do eleitorado pouco mudou para a Coligação Popular Democrática, que apesar de ter aumentado suas votações nas listas fechadas, viu boa parte migrando para o Bloco Republicano. Enquanto isso, os eleitores descontentes do Bloco Mudança e União migraram para outros partidos, em especial o Partido Conservador no interior do país, e a Frente Nacionalista em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Contudo, essa mudança já era também prevista já nas eleições federais de 2022, para senadores, representantes provinciais, presidentes, prefeitos e vereadores.

Nessas eleições, dois novos partidos elegeram seus representantes pela primeira vez para a Assembleia Geral: o Movimento de Unidade Indígena, liderado por Célia Xakriabá, criado em defesa dos povos indígenas, e a União Libertária, liderada por Adrilles Jorge, aderente do libertarismo e também considerado de extrema-direita. A Aliança Municipal Renovadora (AMR) perdeu seu único deputado, ficando sem representantes na Assembleia Geral pela primeira vez em dezessete anos.

Mesmo ainda durante a apuração, Jorge Kajuru, líder do Bloco Republicano, declarou ser oposição ao governo, assim logo após seguido pelo anúncio em conjunto da Frente Nacionalista e o Partido Renovador Cristão. Tanto a Coligação Popular Democrática e o Partido Conservador esperavam um convite formal do BMU para declararem sua posição na nova legislatura, o que aconteceu nas primeiras horas do dia 3 com a CPD. No dia seguinte, o líder Arthur Lira (PC) anunciou a intenção de seu partido formar oposição ao governo. Outros partidos que foram convidados para integrar a coalizão foram o Partido Verde e a Federação Democrática Solidária, que aceitaram; Juntos!, Livres, e a Frente Cívica de Províncias, que declinaram, mas afirmaram posição de independência, e o Movimento de Unidade Indígena, que declarou oposição. O Partido Comunista e a União Libertária também afirmaram oposição ao novo governo.

Externa[]

Notas[]

  1. 1,0 1,1 É o partido do líder, mas ele representa a coalizão ao todo.