‹ 2015 • | |||||||||||
Eleições parlamentares da Venezuela em 2019 | |||||||||||
24 de junho de 2019 | |||||||||||
Participação | |||||||||||
68.6 % | |||||||||||
Resultados | |||||||||||
Unidade Democrática | |||||||||||
Votos | 15 320 344 | ||||||||||
Assentos obtidos | 100 | ||||||||||
47.5 % | |||||||||||
![]() |
Partido Social Democrata Venezuelano | ||||||||||
Votos | 7 062 129 | ||||||||||
Assentos obtidos | 25 | ||||||||||
21.89 % | |||||||||||
Democracia em Movimento | |||||||||||
Votos | 4 530 318 | ||||||||||
Assentos obtidos | 23 | ||||||||||
14.05 % | |||||||||||
![]() |
Partido Democrático | ||||||||||
Votos | 2 391 223 | ||||||||||
Assentos obtidos | 8 | ||||||||||
7.41 % | |||||||||||
Ação Democrática | |||||||||||
Votos | 1 133 986 | ||||||||||
Assentos obtidos | 6 | ||||||||||
3.52 % |
As Eleições parlamentares da Venezuela em 2019 foi uma eleição parlamentar realizada em 24 de junho, serviram com uma renovação da Assembleia Nacional da Venezuela.
Na metade de 2016, o banco nacional da Venezuela estoura, gerando em uma dívida abismal que o país acumulou. O estouro levou na volta da recessão econômica que o país viveu durante 2007-09, além de ter levado junto os membros da UA, que como Brasil, entraram em uma curta recessão econômica. O escândalo de corrupção envolvendo o gabinete dos ministérios da agricultura e turismo, afundaram ainda mais a popularidade de Maikel que renunciou ao cargo, deixando Jorge Haddad como primeiro-ministro. Em apenas 10 dias, Haddad renunciou, fazendo do primeiro-ministro com o mandato mais curto da história da Venezuela. Em seu lugar, ficou Garzaa, descrito como mais liberal em relação aos anteriores. As políticas dos quasses 3 anos de Garzaa fizeram uma leve redução da inflação, que foi de 25% a 18%, com tudo, a divida venezuelana acabou crescendo muito, e o país continuava a receber diversos empréstimos da UA.
O Democrata e ex-governador, Walter Götzer, foi escolhido como líder da oposição, automaticamente se tornou disparado como o grande favorito na eleição, prometendo melhorar a economia e diminuir os impostos exagerados que foram causados pelo governo de Maikel. Os terceiros candidatos como o libertário e conservador Ricardo Huai via como um uma ''terceira via'', defendendo a ''abolição do imposto'' venezuelano e as ''tradições cristãs''.
Contexto[]
O segundo mandato de Maikel (2015-2016)[]

Maikel mostrando a queda da taxa da dívida em dezembro de 2015
O Primeiro-Ministro titular, Hibert Maikel, acabou sendo reeleito em 2015 após fazer uma coalizão com o Ação Democrático e a UNIPE, onde conseguiu uma maioria no parlamento.
Desde 2010, o país esteve superando a alta taxa das dívidas. Isso foi levemente reduzido durante o primeiro mandato de Maikel, que implementou uma política da redução dos gastos de 28,4% para 23,2%, no entanto, a taxa ainda era bem alto em relação aos outros países americanos, mais alto do que os 20,3% da Argentina.
Durante dezembro de 2015 a fevereiro de 2016, o governo acreditando que a taxa de dividas continuava baixando gradualmente, começou a implementar suas primeiras medidas sociais, como a expansão dos salários de trabalhadores dos setores petrolíferos e a construção de estádios para a Copa das Nações de 2022.
O considerável gasto em programas sociais e na Copa das Nações gerou no aumento de 15% na dívida venezuelana em apenas 30 dias, gerando um alerta nos setores bancários e no equilíbrio do défice. Em resposta esses acontecimentos, o governo diminuiu os investimentos de 14% para 5% nas obras da Copa das Nações e parou nos programas de bem-estar social temporariamente. Muitos analistas e economistas viram com um leve mal gosto, onde afirmavam que as medidas do governo Maikel ''poderá afetar'' os bancos da Venezuela ''a qualquer momento''.
O Estouro da Bolsa de Valores da Venezuela e a colapso econômico (Jul 2016)[]
Como previsto por muitos analistas de economia, o setor bancário começou a sentir seus primeiros grandes defeitos, como a queda do Banco Cruz de Ferro que chegou a falir em 6 de julho, contudo o governo interveio o mais rápido possível, resgatando o banco com cerca de 2,3 bilhões de américos. Apesar do resgate, isso não conseguiu parar o forte desequilíbrio fiscal na Bolsa de Valores que veio a estourar em 30 de julho. O estouro da Bolsa de Valores da Venezuela foi descrito como ''astronômico'', resultando no prejuízo de 123 bilhões de américos (somando com a dívida dava quase 50% do PIB).
O governo Maikel e o seu ministério da economia tentaram resgatar a bolsa no máximo de 54 bilhões, e junto a isso pediram um ajuda financeira da União Americana de 300 bilhões de américos. Em resposta, os países membros da União Americana liderado pela primeira-ministra brasileira, Teresa Marie, aceitou apenas um resgaste de 210 bilhões e que os 90 bilhões iriam ser entregue a Venezuela para 2017.
Protestos, escândalo de corrupção e a renúncia[]
Por volta de junho de 2016, aconteceram os primeiros casos e escândalos de corrupção pelo país, as investigações acabaram chegando no ministério da Agricultura e Turismo, onde ambos os ministros foram presos e julgados 1 ano depois (em 2017). O escândalo deu um gigante desgaste ao governo Maikel, o que fez o próprio parlamento insistir na renúncia do primeiro-ministro. Além disso, houve uma série de os protestos antigovenistas, que chegaram de 100,000 em julho a 1,200,000 em agosto de 2016.
Com tanta turbulência política e economia pelo país, o primeiro-ministro Maikel acabou se renunciando no cargo, onde deu recado a nação ao vivo em que fez ''tudo que podia''. Em seu lugar ficou o líder do PSDV, Jorge Haddad.
Em 20 de agosto, nomeou o ex-primeiro ministro para ser o ministro da economia, algo que revoltou a população venezuelana, onde opositores do governo afirmaram que estavam colocando Maikel como ministro da economia para ''livra-lo de acusações de lavagem de dinheiro''.
Governo Haddad e Garzaa (2016-2019)[]
10 dias depois da Renúncia de Maikel, Jorge Haddad acaba anunciando sua renúncia ao cargo, afirmando que não soube bem ''melhorar bem a nação''. Com isso, escolheu Nicolau Garzaa como seu sucessor para governar a nação. O mandato de Hadddad é considerado como o governo mais rápido da história do país, mais do que o governo de Pedro Vicelli que durou 1 ano e 11 meses (1933-1935).
A posse do mandato de Garzaa começou 10 horas após a renúncia de Haddad, e logo após o dia de sua posse, imediatamente demitiu Maikel como Ministro da Economia e botando um Alexandre Garcia, considerado como ''liberal'' para os costumes do PSDV. A entrada de Garazz gerou em um racha do PDSV, onde de um lado tem os que são mais a favor das políticas de Maikel e no outro os que são mais a favor de Garzaa.
Resultados[]
Em 24 de junho de 2019, a Unidade Democrática conseguiu ganhar 100 dos 167 assentos da assembleia nacional, recebendo assim uma histórica supermaioria no qual o partido não ganhava desde as eleições de 1999. Esse também é o seu melhor resultado pelo voto popular desde a eleição de 1986 quando o partido obteve 50,3% dos votos, a única vez em que o partido obteve mais de 50% dos votos válidos.

Mapa eleitoral de 2019
O então partido governista, SVP, teve uma derrota muito significativa, obtendo apenas 42 assentos e perdendo mais de 20 em relação a eleição anterior, sendo o pior resultado eleitoral do partido desde as eleições de 1994. Imediatamente após os resultados, Nicolau Garzaa renunciou ao cargo de líder do SVP, fazendo um discurso em público, parabenizando e reconhecendo a vitória da DE nas eleições, afirmando que ''o povo venezuelano escolheu a melhor opção para uma Venezuela melhor''. Mais da metade dos votos dos eleitores do SVP foram transferidos para os partidos mais a esquerda, sendo eles a Democracia em Movimento (DiB) e o Partido Comunista da Venezuela (KPV) que voltou ao Parlamento após 10 anos de ausência, obtendo seu melhor resultado eleitoral desde as eleições de 2003.
Assim como o SVP, a Ação Democrática (DH) foi mais uma derrotada que teve uma perda significativa de votos, recebendo 3,5% dos votos válidos e 5 assentos, o partido foi do terceiro para o quinto maior bancada da assembleia. Todos esses fatores fizeram do resultado do DH o pior em toda sua existência, gerando boatos sobre uma possível dissolução do partido.
Assim como os partidos de esquerda como o DiB e KPV, novos partidos a direita surgiram também, como o partido liberal, Uma Nova Venezuela (DNV) e o partido nacionalista e anti-americanista, Partido Democrática (LP), que surgiram no contexto de ''uma nova direita venezuelana'', rejeitando algumas medidas e ideias da União Democrática.
Partido | Votos | % | Depultados | +/- | |
---|---|---|---|---|---|
Unidade Democrática | 15,320,344 | 47,5 / 100 |
100 / 167 |
28 | |
Partido Social-Democrata Venezuelano | 7,062,129 | 21,8 / 100 |
25 / 167 |
26 | |
Democracia em Movimento | 4,530,318 | 14,0 / 100 |
20 / 167 |
novo | |
Partido Democrático | 2,391,223 | 7,4 / 100 |
8 / 167 |
novo | |
Ação Democrática | 1,133,986 | 3,5 / 100 |
5 / 167 |
17 | |
Partido Comunista da Venezuela | 985,023 | 3,0 / 100 |
5 / 167 |
5 | |
Uma Nova Venezuela | 675,231 | 2,0 / 100 |
3 / 167 |
novo | |
Outros | 156,352 | 0,4 / 100 |
0 / 167 |
||
Total | 32,254,606 | 100,0% | 167 |