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Eleições parlamentares na Argentina em 2023 8 de janeiro de 2023 | |||||||||||
Cargos | Primeiro-Ministro Parlamentares | ||||||||||
Participação | |||||||||||
80.3 % 12.2 % | |||||||||||
Resultados | |||||||||||
Proposta Republicana | |||||||||||
Votos | 25 837 211 | ||||||||||
Assentos obtidos | 333 | ||||||||||
51.41 % | |||||||||||
Partido da Justiça | |||||||||||
Votos | 13 283 332 | ||||||||||
Assentos obtidos | 185 | ||||||||||
26.43 % | |||||||||||
União de Centro Democrático | |||||||||||
Votos | 4 364 823 | ||||||||||
Assentos obtidos | 53 | ||||||||||
8.69 % | |||||||||||
Frente Patriótica | |||||||||||
Votos | 3 478 975 | ||||||||||
Assentos obtidos | 21 | ||||||||||
6.92 % | |||||||||||
Partido Socialista | |||||||||||
Votos | 1 402 300 | ||||||||||
Assentos obtidos | 19 | ||||||||||
2.79 % |
As Eleições parlamentares na Argentina ocorreram no dia 8 de janeiro de 2023, cujo renovava os 631 parlamentares do Congresso del Pueblo (2023-2027). De acordo com o Tribunal da Corte Eleitoral da República Argentina, cerca de 50 milhões participaram, sendo esse o maior comparecimento eleitoral da Argentina desde a eleição de 2009.
As eleições foram convocadas pelo presidente argentino dissolver o parlamento devido os problemas políticos entre os partidos no parlamento, que nunca chegava em uma conclusão. A crise política do país só piorou com a renúncia da primeira-ministra Gabriela Castelhano em outubro de 2022, que acabou sendo pressionada pelo seu próprio partido devido sua má gestão nas dívidas externas que o país vem sofrendo desde o governo de Ruan Fernandez, o que decaiu bastante tanto a popularidade de seu governo como do próprio partido.
A oposição da Proposta Republicana (PRO) liderado por Pablo Köhler venceu a eleição com uma maioria absoluta, onde obteve 333 assentos e 25,8 milhões dos votos, sendo esse o melhor resultado do PRO em toda sua história. O partido governante, Partido da Justiça (PJ) acabou perdendo grande apoio político diante a crise das dívidas. Os partidos que fizeram a coalizão com o PJ tiveram também perda de apoio popular. Foi a quinta vez desde a redemocratização argentina que um partido conseguiu obter uma maioria e a primeira do Proposta Republicana.
Composição Partidária[]
Aqui está a lista dos partidos políticos presentes no congresso nacional do povo desde os resultados de 2020, são eles:
Partido | Ideologia | Líder | Eleições de 2020 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Partido da Justiça | PJ | Social-democracia Progressismo Americanismo |
Juan Florência | 260 / 631 | ||
Proposta Republicana | PRO | Conservadorismo liberal Democracia Cristã Americanismo |
Pablo Klöhler | 256 / 631 | ||
União de Centro Democrático | UCD | Centrismo Partido pega-tudo |
Juan Carlos | 81 / 631 | ||
Partido Socialista | PS | Socialismo democrático Populismo de esquerda |
Emma Machiela | 22 / 631 | ||
Frente Patriótica | FP | Nacionalismo Neofascismo Populismo de direita |
Roberto Romero Feriz | 12 / 631 |
Contexto[]
Governo de Gabriela Castelhano (2020-2022)[]
Gabriela Catelhano servia antes como ministra das finanças durante o segundo e terceiro mandato de Ruan Fernandez. Renunciou ao cargo para ganhar vaga de liderança de seu partido, no qual conseguiu em 2019. Sendo líder do maior partido do parlamento, liderou o partido nas eleições de 2020, onde conseguiu fazer uma coalizão com os socialistas e os Ucedistas, sendo assim, nomeada primeira-ministra da Argentina e a primeira primeira-ministra mulher na argentina.
Um de seus grandes desafios durante o seu governo foi a enorme divida de 504 bilhões de américos, que havia se acumulado no final do governo de seu antecessor. Castelhana deu medidas consideradas populistas durante o seu governo, com o intuído de agradar e beneficiar a população. A medida foi extremamente criticada por muitos economistas, que afirmavam que ''essas medidas poderia desequilibrar o déficit fiscal do país'' e iniciar assim ''uma grande crise econômica''.
Em 20 de janeiro de 2022, o governou anunciou que as dividas tinham chegado aos 650 bilhões, sendo essa a maior divida de um país sul-americano em toda sua história. A inflação argentina havia chegado aos 5%, sendo essa a maior desde 2009. Os primeiros protestos contra o governo tinham começado em fevereiro daquele mesmo ano, pedindo para a primeira-ministra renunciar ao cargo e convocar novas eleições.
Os protestos se intensificaram ainda mais a partir de agosto, quando a inflação havia chegado aos 11% e a dívida só aumentava. A taxa de pobreza do país havia crescido 4% em apenas 7 meses. Com toda os protestos pressionando Gabriela a se renunciar, o próprio partido político, PJ, pressionou a primeira-ministra a renunciar, o que aconteceu 2 meses depois, em outubro de 2022.
Governo de Juan Florência e a convocação de uma nova eleição[]
Com a renúncia de Castelhano, o parlamentar do congresso del pueblo do PJ, Juan Florência, foi nomeado líder do PJ e horas depois primeiro-ministro da Argentina. Durante seu curto governo, tentou instabilizar a situação política no país que estava em uma situação insustentaval pela maioria dos membros do Parlamento Argentino.
Florência pediu para o Presidente Argentino, Hugo Deralito convocar novas eleições para uma renovação do parlamento. O Presidente aceitou esse pedido no dia seguinte e anunciou para 10 de dezembro as novas eleições da Argentina.
Resultados[]
O Proposta Republica era o maior partido de oposição no Congresso, e vinha forte com a queda de popularidade do governo de Castelhano, e diante de toda essa crise, era o principal critico do governo argentino, o que deu oportunidade para ganhar mais espaço político e popularidade. Já os partidos governantes (PJ, UCD e PS) tiveram uma crescimento impopularidade devido a má gestão do governo.
O Proposta Republicana obteve 25,8 milhões de votos válidos, sendo essa a maior da história das eleições do país, superando os 19 milhões do PJ nas eleições de 2013. O Partido elegeu a maioria dos seus parlamentares nos estados como Buenos Aires, Santa Fe, San Luis, San José e Cordoba. O resultado do PRO se tornou o primeiro partido de direita desde os últimos 40 anos em que obteve uma maioria absoluta pelo parlamento.
Para muitos analistas políticos, os resultados das eleições marcaram uma leve polarização entre os conservadores (liderado pelo PRO) e os progressistas (liderados mais pelo PJ), onde ambos as lideranças representaram mais de 75% pelo voto popular e 80% pelo Congresso del Pueblo.
Partido | Líder | Votos | % | Assentos | +/- | |
---|---|---|---|---|---|---|
Proposta Republicana | Pablo Köhler | 25,837,211 | 51,41 / 100 |
333 / 631 |
77 | |
Partido da Justiça | Juan Florência | 13,283,332 | 26,43 / 100 |
185 / 631 |
75 | |
União de Centro Democrático | Juan Carlos | 4,364,823 | 8,6 / 100 |
55 / 631 |
26 | |
Frente Patriótica | Roberto Romero Feriz | 3,478,975 | 6,9 / 100 |
33 / 631 |
21 | |
Partido Socialista | Emma Machiela | 1,402,300 | 2,7 / 100 |
13 / 631 |
9 | |
Frente Renovador | Sérgio Heller | 1,121,332 | 2,4 / 100 |
10 / 631 |
8 | |
Outros | 676,895 | 1,3 / 100 |
0 / 631 |
|||
Total | 50,255,868 | 100,0% | 631 |