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(Olof Palme) Felipe González ofrece una rueda de prensa junto al primer ministro de Suecia. Pool Moncloa

Koen Sleurs (1925-1999), primeiro-ministro belga e um ícone do Eurocomunismo

Eurocomunismo, podendo também ser chamado de Sleurismo,[1] foi uma vertente do pensamento Cunhalista que surgiu nas décadas de 1970 e 1980 dentro de vários partidos comunistas da Europa. Durante a Guerra Fria, os partidos políticos comunistas procuraram rejeitar a influência da União Socialista e do Partido Comunista da União Socialista (PCUS), descritos pelos partidos como um ''Comunismo Ortodoxo''. Os partidos comunistas da Áustria, Grécia e Tcheca também mostraram tendências eurocomunistas, mas sempre foram minoria e esses partidos acabavam adotando um apoio a influência russa.

O Eurocomunismo é descrito como uma versão democrática da ideologia comunista e o oposto da visão do PCUS, buscando uma transição socialista entre a social-democracia e os regimes comunistas implantados em países europeu e estruturados em torno da política de partido único. Contudo, nenhuma dessas ideias seguiram para frente, e ao invés disso, decidiram respeitar as medidas democráticas e constitucionais e adotaram políticas próximas a social-democracia, como foi no caso do Partido Comunista da Bélgica (PCB) de Sleurs, que mesmo obtendo o apoio do parlamento, seguiu as instituições democráticas e rejeitou a proposta de abolir a monarquia belga com medo de perder apoio. Além do PCB, nenhum outro partido eurocomunista conseguiu alcançar o poder legislativo europeu, ao invés disso, seguiram adotando pensamentos contra as políticas externas do Brasil e as do autoritarismo da União Socialista como o próprio Sleurs fez em seus dois governos.

O termo eurocomunismo e/ou Sleurismo, é bem pouquíssimo usado para se referir as ideologias dos partidos comunistas em um contexto de pós-guerra fria. Mas apesar disso, as ideias do Eurocomunismo e de Sleurs ajudaram para a criação do Socialismo Búlgaro, um sistema que defende que um Partido Comunista deve governar um país com uma oposição organizada e que respeite os valores da democracia socialista. O Partido Comunista Francês é o único partido comunista que se define como Eurocomunista e Sleurista, embora na prática defenda mais o socialismo coreano.

História[]

Nascimento do eurocomunismo (1973)[]

Togliatti Unità

Giorgino Zappatta (1903-1980), primeiro pensador do Eurocomunismo

O termo ''Eurocomunismo'' surgiu originalmente a partir no inicio da década de 1970, onde que em uma entrevista pela Rede Itália, o líder do Partido Comunista Italiano (PCI), Giorgino Zappatta, condenou a Invasão e os bombardeios da Rússia na Pérsia em 1971, e se auto descreveu como um ''Eurocomunista'', rompendo com a influência da Rússia Socialista como o mesmo afirmava. Publicou o livro onde se baseava em todos os pensamentos da doutrina Eurocomunista, mostrando ser um claro crítico ao regime russo apesar de suas ideias semelhantes. Pelo ano seguinte, Zappatta rompeu com o governo russo e começou a se aproximar da União Europeia, onde fundou junto com 10 membros dos partidos comunistas europeus a União Internacional Europeia (antecessora do atual grupo parlamentar, União Popular Europeia).

Apesar do surgimento da doutrina, o Eurocomunismo ainda não havia dominado boa parte dos partidos comunista da Europa, sendo o PCI o único grande partido comunista a seguir essa vertente.

Governo Sleurs e o fortalecimento do Eurocomunismo[]

O eurocomunismo conseguiu chegar ao poder pela primeira vez na Bélgica após a vitória comunista pelas eleições legislativas de 1974. A vitória foi vista pela União Socialista como um grande avanço de sua influência para o ocidente, algo descrito igualmente pelos países da Europa Ocidental que se preocupavam com o avanço socialista pela Europa.

Palme speech

Sleurs discursando pela Praça da União

Logo após subir ao cargo, Sleurs condenou as políticas da União Socialistas, descrevendo como ''uma farsa ao poder popular''. Apesar das críticas, seu partido continuou a fazer parte da Internacional Comunista e participou da Conferência de Moscou em 1976. O discurso de Sleurs se fortaleceu após a Invasão da Rússia pela Zimeia durante a Privamera de Minsk em 1978, onde Sleurs acabou condenando a intervenção russa na região, dando um discurso para seus apoiadores na Praça da União, alegando que a Rússia assim como o Brasil, ''pratica políticas imperialistas''.

Após o discurso, a discussão sobre a intervenção russa pela Zimeia acabou sendo divido, tendo líderes comunistas contra, a favor e neutro diante ao evento. Em dezembro de 1978, Partidos comunistas como da Espanha, Portugal, Romênia, Britânia e outras 5 partidos expressaram sua oposição ao governo da União Socialista, se auto denominando como ''eurocomunistas'', popularizando assim o termo.

Eurocomunismo pós-1999[]

Principais figuras[]

  • Koen Sleurs - Primeiro-Ministro da Bélgica (1974-1982, 1986-1990) e Líder do Partido Comunista da Bélgica (1966-1990)
  • Giorgino Zappatta - Líder do Partido Comunista da Itália (1956-1980)
  • Alfredo Lepri - Líder do Partido Comunista da Espanha (1970-2007)
  • Otto Shriler - Líder do Partido Comunista da Alemanha (1961-1980)
  • André Dupont - Líder do Partido Comunista Francês (1975-1982)
  • Jean Marie LeCaire -Líder do Partido Comunista Francês (1982-1990)

Referências[]

  1. Sleurismo é um termo mais ''moderno'' e ''atual'' para se referir ao Eurocomunismo. Se popularizou após a morte de Koen Sleurs, que acabou sendo bastante homenageado por diversos socialistas democráticos e eurocomunistas pelo mundo.
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