Guerra da Imperatriz | |||||||
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Combatentes | |||||||
Império do Brasil | Primeira República Brasileira | ||||||
Fíguras politicas | |||||||
Pedro II do Brasil Isabel I do Brasil Visconde de Ouro Preto Saldanha da Gama |
Floriano Peixoto Benjamin Constant Frederico Sólon | ||||||
Forças | |||||||
15.000 soldados 5.000 voluntários |
10.000 soldados 2.500 voluntários | ||||||
Baixas e perdas | |||||||
3.000 mortos em ação 1.500 capturados 5.500 feridos |
3.500 mortos em ação 2.000 capturados 5.000 feridos |
A Guerra da Imperatriz, também conhecida como Guerra Civil Brasileira e Insurreição republicana de 1889, foi uma guerra civil travada entre o Império e os republicanos, nos anos de 1889 a 1892. Seus principais motivos eram o descontentamento com o sistema político do Império do Brasil na época, e a propagação de ideias republicanas em setores da sociedade brasileira. No dia 15 de novembro de 1889, conspiradores republicanos no Exército brasileiro decidiram colocar em prática. Marechal Deodoro da Fonseca, antes persuadido pelos republicanos a liderar o movimento, havia depois se reunido com Dom Pedro II, sendo convencido a novamente se aliar com o Império.
No entrave, algumas províncias simpatizantes à causa republicana se aliaram ao movimento, declarando independência do governo imperial e unindo-se na República Brasileira. No entanto, a República Brasileira nunca foi reconhecida nem pelo Império quanto outros países, apesar de alegações de ter sido financiada pelo governo dos Estados Unidos. As províncias do Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí e Rio de Janeiro foram os principais participantes, enquanto Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Pará foram convidados a ingressar na revolta. No entanto, enquanto os primeiros três declinariam, o Pará acabaria por ser reivindicado, mas não ingressaria ao final.
Os republicanos estavam divididos entre diversos grupos, dentre os quais se destacavam: escravagistas insatisfeitos com a monarquia, positivistas dentro das Forças Armadas e membros de clubes republicanos. A república não teve capital oficial e/ou fixa, apesar de ter havido encontros informais entre seus representantes em Macaé e Goiás. Também, apesar de apenas cinco das dezenove províncias terem rompido com o governo central, houveram aliados significativos em diversos estados. As baixas da guerra são estimadas entre 10 e 25 mil mortos, somando militares e civis.
Com um cessar-fogo proclamado em 3 de junho de 1892, e a rendição do marechal Floriano Peixoto no Forte de Santo Antônio do Monte Frio, a República Brasileira foi declarada dissolvida em 1892 pelo primeiro-ministro Visconde de Ouro Preto, quem dissolveu a Assembleia Geral, e proclamou a criação de uma nova assembleia constituinte para a reformulação da constituição brasileira que expandiria consideravelmente as liberdades civis dos cidadãos e firmaria o federalismo reivindicado por grupos republicanos.
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