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Precedentes[]

Em 1961, Jânio Quadros renuncia à presidência, e João Goulart, em viagem à China, é impedido de tomar posse pelas Forças Armadas Brasileiras. Com a Campanha da Legalidade, iniciada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, pedindo para Jango retornar ao Brasil, o Exército cerca, em 28 de agosto de 1961, o Palácio do Piratini, no Rio Grande do Sul, e prende o governador Brizola, além de fechar o Congresso Nacional. Os militares assumem o governo, e a Junta Militar, composta pelos militares Odílio Denys (Exército), Gabriel Grün Moss (Aeronáutica) e Sílvio Heck (Marinha), assumem as funções legislativas e executivas.

O novo governo prende importantes líderes políticos, porém alguns dos comandos do Exército se opõem ao novo governo, permitindo manifestações populares, que, em pouco tempo tomam conta do Brasil. Em 19 de outubro de 1961, um voo levando Jango parte de Pequim para Porto Alegre, porém seu avião é forçado a pousar no Espírito Santo, onde ele é preso. Manifestações populares, greves e vandalismo tomam conta do país, incluindo o Comício do Guaíba, reunindo mais de 600 mil gaúchos em Porto Alegre, e a Marcha do Anhangabaú, com mais de 1 milhão de pessoas, mesmo com o bloqueio do Exército, pedem o retorno à democracia. Temendo uma guerra civil, a junta militar então renuncia no dia 1º de novembro de 1961, e o Presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, assume à Presidência da República, e o Congresso Nacional é reaberto, e eleições foram convocadas para 1962.

Na época, o Partido Comunista, apesar de banido, estava ativo. No entanto, estava dividido entre a Seção Brasileira da Internacional Comunista que apoiava as reformas defendidas por Nikita Khrushchev, liderada por Luís Carlos Prestes e Apolônio de Carvalho, e a dissidência que reivindicava o legado de Josef Stalin, liderada por João Amazonas, Pedro Pomar e Maurício Grabois. Com a intervenção da junta, os dois lados acabaram por se acertarem em busca dos interesses de trazer o partido a legalidade novamente e pelo apoio crescente que recebia juntamente ao Partido Trabalhista Brasileiro. Por pressão popular, o PCB acabava por reconquistar sua legalidade para as eleições de 1962.

Eleições presidenciais de 1962[]

Nas eleições de 08 de março de 1962, os principais candidatos para Presidente eram Carlos Lacerda pela UDN, Teixeira Lott pelo PSD, Luís Carlos Prestes pelo PCB, Jânio Quadros pelo PTN, entre outros. Para vice-presidente, os principais candidatos eram Adhemar de Barros, do PSP, e João Amazonas, do PCB, Milton Campos, da UDN, e Leonel Brizola pelo PTB. Uma aliança entre o PSD e PTB foi estabelecida, enquanto o PCB lançava uma chapa puro-sangue assim como a UDN. No segundo turno, o candidato comunista Prestes acabava por ganhar a eleição sobre Teixeira Lott, trazendo a vitória para o Partido Comunista pela primeira vez em sua história.

As eleições acabaram por ser um grande suporte para as esquerdas do país. O Congresso Nacional passa a ser composto por 485 parlamentares, 75 do Senado, e 410 da Câmara dos Deputados. A coalizão "Frente Popular", formada pelo PCB, PTB, PSB e PST conseguiu formar uma supermaioria de 340 deputados na Câmara dos Deputados e uma maioria de 41 senadores no Senado.

Governo Prestes (1962–1969)[]

O governo de Luís Carlos Prestes é marcado por implementar fortes políticas sociais, assim como a aproximação da União Soviética. A legislação aumenta a participação do Estado na economia. A indústria de automóveis e nacionalizada e estatizada, criando a CVN (Companhia de Veículos Nacionais). É praticada a Reforma Agrária em 1963, onde os pequenos agricultores continuariam com suas propriedades, porém os grandes latifúndios foram expropriados, ou tornando-se de posse do Estado, ou de posse de cooperativas.

A indústria pesada, militar, metalúrgica, siderúrgica e de base é completamente estatizada, e uma parte da indústria de bens de consumo também e estatizada. Porém uma pequena parcela da indústria continuou sob o controle privado em lealdade ao governo e ao regulamento da liberdade aos trabalhadores. Em parte das pequenas ou médias indústrias, onde haviam graves explorações de trabalho, houve o controle pelos próprios trabalhadores, na forma dos Conselhos de Administração do Operariado. Ainda em estabelecimentos, fora seguido o modelo iugoslavo, que não considerava os pequenos estabelecimentos tendo uma mais-valia, sendo isentos de expropriação.

Revolução Brasileira[]

Artigo principal: Revolução Brasileira

Consolidação[]

A consolidação da hegemonia do Partido Comunista se daria com o fim da segunda fase e com o início da transição ao socialismo, isto é, combatendo pequenos motins e revoltas ao longo do país, assim como fazendo uma reforma agrária de amplo alcance e impulsionando a industrialização do país. O Brasil entraria, ainda que temporariamente, na COMECON, como membro associado, mas sairia juntamente à Cuba para fundar o Acordo de Salvador mais tarde. Com isso, além do anterior reconhecimento dos países socialistas em 1964, países do ocidente também efetivaram o reconhecimento da nova nação socialista, sendo por último os Estados Unidos e a Espanha (1966), após falhar em organizar um governo em exílio para desafiar a soberania do PCB sobre o Brasil, apesar dos recentes expurgos.

Uma assembleia constituinte foi formulada pela antiga Frente Popular, agora convertida ao todo no Partido Comunista. Ocorreu pela primeira vez a adoção de um sistema socialista baseado em premissas influenciadas tanto pelo sistema soviético, tanto pelo sistema chinês, inspirações das duas maiores alas do PCB. A assembleia foi formada durante a segunda fase, mas foi efetivada já na terceira fase, por onde ocorreram os maiores congressos que enfim levariam a adoção do socialismo.

Nos meios de se impor, os meios de comunicação, em sua grande parte, foram expropriados e/ou fechados pelo Governo Federal. O próprio governo formou a própria rede de televisão estatal e pública aos moldes da BBC, investindo fortemente para colocar sua presença nas capitais do país em seis anos. Entretanto, algumas emissoras não foram expropriadas dentro dos novos termos impostos pelo governo, apesar desses termos terem dificultado a manutenção e os custos para manter as televisões. Nesse caso, emissoras regionais frequentemente tornavam-se filiais ou da Rede Tupi ou da Emissoras Unidas, duas das maiores emissoras que não eram estatais ou públicas.

As perseguições e expurgos foram liderados mais pela ala radical do Partido, da qual os militares eram mais associados, apesar de sua associação com o presidente e ex-tenentista. As lideranças da oposição foram para diversos caminhos, ou partiram para a luta armada; se exilaram; mantiveram-se ativos fora da política, ou até mesmo formaram uma pequena oposição no Congresso. A grande maioria das lideranças dos dissidentes militares partiram para as três primeiras opções, enquanto civis eram mais ligados às três últimas opções, como por exemplo, respectivamente, Carlos Lacerda, José Sarney e Ulysses Guimarães. Geralmente, quem se mantinha ativo na política, e por muitas vezes inativo, eram perseguidos por sua permanência no Brasil, forçando-os por grande parte das vezes em se exilar.

Durante o fim do seu governo, ocorreram a revolução na Bolívia e o golpe de estado no Peru que impuseram a presença do socialismo na América Latina além de Cuba e Brasil. Apesar do caráter nacionalista de esquerda, os países adotaram símbolos para aproximar suas relações ao bloco socialista, principalmente o Brasil e Cuba. Houve de fato o envolvimento do PCB no financiamento das guerrilhas e facções lideradas pelos militares de ambos os países para a derrubada dos governos da época.

Governo Grabois (1969–1973)[]

Com a convocação de novas eleições pelo Partido para a rotação no Congresso e no Politburo da União, apesar do nome mais cotado para assumir a presidência do Partido e do país era o do Premiê João Amazonas, seu aliado Maurício Grabois foi o escolhido para dar sequência ao mandato de Prestes, além de aproximar o país do regime chinês e de eventualmente preparar o ofício para a ascensão de Amazonas. Em todo o caso, seu mandato é referido como os anos de chumbo, pelo endurecimento do regime, o auge das perseguições contra a oposição, torturas e desaparecimentos causados pelo Comitê de Segurança.

Em seu primeiro ano como presidente, Maurício Grabois deu incondicional apoio à Revolução Comunista Paraguaia, que derrubaria o Stronato, dando início ao regime que perduraria até hoje. O governo brasileiro foi o primeiro a reconhecer e estabelecer relações com o país, antes mesmo da União Soviética e China, financiando o governo em prol de estabilizar e controlar as revoltas ao longo do país. Reformas agrárias e a coletivização agrícola também seriam realizadas, com o intuito de organizarem fazendas coletivas como forma de povoar as regiões mais remotas do país e aumentarem o nível de produção do setor primário.

Durante o período, os investimentos na modernização e nas reformas das Forças Armadas se coincidiria com a escalada das lutas armadas contra o regime socialista, como seu caso mais famoso sendo as Guerrilha do Xingu (liderada pelo POR-T, de orientação trotskista) e do Pantanal (liderado por dissidências anticomunistas do Exército). Em meios urbanos, havia também confrontos, como desde grupos como o Comando de Caça aos Comunistas e as diversas manifestações pacíficas e democráticas lideradas por setores mais liberais e progressistas.

Ao decorrer dos anos setenta, o Partido começaria a financiar outros partidos na região assim como grupos paramilitares, em especial as FARCs na Colômbia, grupos armados na Venezuela, mas em especial na Guiana inglesa, que sucedeu na independência do país, e no Suriname, que como medida de proteção, faria parte das Antilhas Neerlandesas. Ainda assim, isso escalaria na Guerra Civil do Suriname que seria levada até 1980, sendo vencida pelo governo ao dizimarem as últimas células pela Amazônia surinamesa.

No final do governo, a crise diplomática com o governo neerlandês faria com que o partido anunciasse um novo congresso do partido, onde seria definido o novo premiê e presidente. A ampla maioria escolheu o ex-premiê João Amazonas para a liderança, enquanto Maurício Grabois continuava a fazer parte do Politburo. O premiê escolhido foi Diógenes Arruda, membro do grupo de Amazonas.

Governo Amazonas (1973–1979)[]

João Amazonas foi empossado presidente e secretário-geral do Partido em 3 de setembro de 1973, sucedendo a Maurício Grabois, pegando o Brasil entre o milagre econômico, no auge das perseguições políticas e a crise diplomática com os Países Baixos. Seu legado é geralmente controverso, relembrado pela estagnação econômica que sucedeu o milagre, mas também pelas medidas iniciais de abertura política que por fim acabariam resultando no longo processo de redemocratização do Brasil. Foi o segundo presidente socialista com mais tempo no cargo, atrás apenas de Luís Carlos Prestes.

Governo Pomar (1979–1983)[]

Governo Dias (1983–1987)[]

Governo Freire (1987–1992)[]

Obsoleto (para ser reescrito)[]

Setores militares[]

No campo militar, o Brasil comprou 210 MiG-21 da URSS, tanques soviéticos, e iniciou a ampliação das capacidades navais e tecnológicas, iniciando o Programa Nuclear Brasileiro. O Brasil também comprou 4 submarinos soviéticos da classe Foxtrot, nomeados Tupi, Tapajó, Timbira e Tamoio.

Governo de Carlos Marighella (1967 - 1970)[]

Eleições de Outubro de 1966[]

A constituição elaborada em 1962, limitava um mandato de quatro anos para cada presidente, com direito a reeleição. Os principais candidatos em Carlos Marighella, do PCB, e Carlos Lacerda, do ARENA.

Apesar da vitória de Marighella, e o Congresso Nacional ser dominado pelo PSB, 1/3 do Congresso ainda era ocupado pelo ARENA. Isso leva à chamada Constituição de Fevereiro de 67.

Autogolpe Socialista e Constituição de 1967[]

No 3º Congresso do PSB, o primeiro congresso de emergência, fica definido um novo Comitê Central, que escolheu o novo Comitê do Politburo, composto por Brizola, Prestes, Carlos Marighella, João Amazonas e outros 5 membros. Eles decidem, exceto Brizola, patrocinar uma reforma na Constituição.

Em 1º de janeiro, o Presidente Marighella toma posse, e, no final de fevereiro, quando o Congresso Nacional retorna aos trabalhos, é feita uma grande mudança na Constituição. Com a mudança, a bandeira foi modificada, o nome do Brasil foi modificado de República Federativa do Brasil para República Federativa Socialista do Brasil, o Presidente da República passaria a ser eleito pelo Congresso Nacional, o ARENA foi dissolvido, e o unipartidarismo foi instaurado, todos os meios de produção foram expropriados, o modo de eleições de deputados foi modificado do sistema de representação proporcional para o distrital, políticos do ARENA foram cassados.

Início da Censura, Repressão, Cultura e Tropicalismo[]

O governo Marighella é conhecido por acabar com a liberdade de expressão, e encerrou a democracia socialista. A censura começou a aparecer, e a mídia deixou de ser livre, com a estatização dos meios de comunicação em 1969. A única TV nacional era a Rede Tupi, enquanto os outros canais serviriam como outros blocos da emissora.

Em 1968 começaram a haver protestos contra o Regime Socialista, que foram reprimidos. Jornalistas críticos começaram a ser perseguidos, e foi criado o Departamento Nacional de Segurança do Estado, DENASE, e a Agência de Reeducação Proletária Nacional (ARPN), responsável pela propaganda socialista.

Em 1969 o Congresso Nacional modificou a Constituição, transformando o PCB em égide da nação, e criou o Comitê Permanente do Congresso, que seria responsável pela legislação infraconstitucional, enquanto que o Congresso não estaria em seção, que aconteceriam apenas 2 vezes ao ano. O Presidente da República então passou a ser membro do Comitê Permanente, e presidente deste, e só poderia ser escolhido pelo Comitê Permanente. As modificações também criminalizavam qualquer ação contra o Estado socialista, e criminalizou o anti-socialismo.

Na área cultural, o tropicalismo vira uma cultura muito usada para criticar o Regime Socialista, como as músicas, como por exemplo: Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, foi um dos símbolos da luta contra o Regime. Cantores como Caetano Veloso, Gilberto GIl, Gal Costa, e a Jovem Guarda, cantavam em shows de calouros da própria Globo, e de outros redes de TV antes da estatização da TV em 1969. Vários cantores foram presos e outros pediram exílio, e alguns até morreram, mas a cultura continuava contra o regime.

Do contrário dos regimes socialistas tradicionais (tais como na União Soviética e Cuba), o estado socialista brasileiro não intervia na religião das pessoas, tendo adotado o Estado laico (similar à Federação Balcã de Tito), apesar da ARPN e o governo promover campanhas a favor do ateísmo. O plano principal era injetar gradualmente o ateísmo na sociedade brasileira, ao ponto de ter uma certa parcela da população sem religião (o que acabou não dando certo).

Também houve a cultura e as músicas patrocinadas pelo Regime Socialista. O futebol foi utilizado como propaganda, assim como as medalhas nas Olimpíadas, o carnaval, incluindo o desfile campeão da Salgueiro em 1974 exaltando o Governo Socialista.

Repressão e Guerrilhas de Direita e Esquerda[]

Alguns democratas e militares partiram até para a violência para lutar contra o regime criando grupos terroristas em 1968, como os de esquerda o MDS (Movimento Democrata Socialista), ALN (Aliança Libertadora Nacional) e VRP (Vanguarda Revolucionária Popular), e grupos de direita, como a OLN (Organização de Libertação Nacional), a FLR (Força de Libertação da República), além de milícias de direita. Vários terroristas foram presos e torturados, de diversas formas até a transição de Amazonas para Lamarca, na qual foi gradualmente abaixando.

Outros políticos também foram presos ou exilados, incluindo Luis Carlos Prestes, que foi enfraquecido no Partido, voltaria apenas após a Lei de Anistia, angariando uma posição de Deputado Federal em 1982. Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer foram exilados, e Carlos Lacerda foi preso e depois exilado na Suécia. Ele voltaria ainda em 1976, por conta de João Amazonas, e se elegeria presidente em 1980.

O cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, símbolo do combate à Ditadura Socialista, recebeu o Nobel da Paz em 1973, porém foi impedido pelo presidente de sair do Brasil para receber o prêmio. Das religiões, o Catolicismo e o Protestantismo foram mais criticadas, apesar da liberdade religiosa, promulgada pelo Governo Brasileiro.

O governo Marighella[]

O governo de Carlos Marighella foi marcado por uma substancial reforma na educação, controle da inflação (pois ainda havia certa liberdade na venda de produtos) por meio de políticas econômicas, endurecimento do regime, e grande aumento do PIB. Prosseguiu-se com o aumento da militarização inciado no governo Prestes.

O Brasil passou a construir seus próprios submarinos, destróieres, fragatas, corvetas e outros navios menores. A Marinha foi duplicada, e os 2 submarinos da classe Humayta, navios comprados dos EUA, foram substituídos por 6 novos submarinos diesel-elétricos nacionais, da classe Riachuelo, nomeados Riachuelo, Humaitá, Tonelero, Angostura, Guanabara e Ipiranga, considerados navios modernos. Também foram construídos os navios Timbira e Tikuna, da classe Foxtrot, no Brasil.

A Embraer também produziu 160 unidades do primeiro avião de combate a jato do Brasil, o Embraer EMB-201 Tucano, e iniciou o desenvolvimento do Embraer EMB-301 Condor, o primeiro avião de ataque brasileiro.

Porém também foi marcado pela grande censura, início da represa, expurgos dentro do Partido, incluindo o expurgo de Oscar Niemeyer, Brizola, Darcy Ribeiro e Luis Carlos Prestes, torturas e fim da Democracia Socialista. Foi no governo Marighella que as instituições democráticas começaram a perder poder, e o Partido Comunista passou a ser o único órgão de decisão, assim como na União Soviética.

Em 1970, uma mudança na Constituição ampliou o mandato presidencial de 04 anos para 05 anos, e garantiu o direito de reeleição para um segundo mandato para o Presidente da República. Apesar disto não foi re-eleito, em 1971, e deu lugar para Maurício Grabois, um dos fundadores do partido.

Operação Guevara[]

No ano de 1967, Che Guevara estava para formentar uma revolução socialista na Bolívia. Devido ao desinteresse do Partido Comunista da Bolívia em cooperar com Che, o então presidente do Brasil, Carlos Marighella, foi notificado sobre a frustrada tentativa, e sugestionado, ordenou parcela do Exército Brasileiro a invadir as terras bolivianas para resgatar Ernesto.

Os brasileiros chegariam ao povoado de La Higuera, aonde Che Guevara havia sido cercado, e acabariam por atacar os bolivianos e trazer Guevara. O conflito chegaria nos ouvidos do vice-presidente boliviano, e causaria uma crise diplomática entre os governos da Bolívia, Argentina e Brasil. Inicialmente, Guevara teria sua estadia no Rio de Janeiro, aonde ficou por cerca de dois meses, mas por maior segurança, transferiram-o para Brasília.

Governo de Maurício Grabois (1971 - 1975)[]

Eleito pelo Conselho, Grabois ampliou a repressão, e iniciou um culto à personalidade limitado. No seu segundo mandato, a propaganda socialista atingiu o seu ápice, assim como a influência brasileira e a Guerra Fria Sul-Americana.

Na área econômica, o Brasil teve um grande crescimento econômico, e o Brasil era na década de 70 a 5ª maior economia do mundo. A inflação foi reprimida com tabelamento de preços, porém as filas eram raras. Houveram grandes gastos de dinheiro em investimentos na infraestrutura brasileira, porém o Brasil passou a dever à União Soviética e ao FMI.

Foi construída entre 1972 e 1975 a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo, além de outras usinas hidrelétricas. Também foram construídas Angra 1, 2 e 3, a Transamazônica, e a Ponte Rio-Niterói (Ponte Jornalista Astrojildo Pereira). Houve também o desenvolvimento do Programa de Mísseis Balísticos, com a construção do míssil balístico VL-1, e o desenvolvimento do Programa Espacial.

Ele morreu de parada cardíaca em 15 de novembro de 1975, um ano antes do término de seu mandato. Assumiu a presidência o Presidente João Amazonas.

Aliança com a URSS e Influência na América Latina[]

O Brasil passou a influenciar mudanças políticas na América Latina. O Equador sofreu um processo democrático, que instaurou o socialismo em 1965, porém em 1969 deixou de ser democrático. O Maio Vermelho levou a implementação do socialismo na Venezuela em 1966. No México, de maneira política, assim como no Brasil, o socialismo foi

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Mapa da América Latina durante a Guerra Fria, 1977.

implementado em 1967. No Peru, um golpe militar implementou o socialismo em 1968.

Questão da América Central[]

Após a independência da Honduras Britânica (atual Belize), foi criada a República Democrática Socialista de Honduras do Norte em 1969. A Revolução Guatemalteca levou a implantação do socialismo em 1970, e a Guerra Civil de Honduras terminou em 1973, com a implementação do socialismo no país. Influenciados pelo Brasil, estes países da América Central se reuniriam novamente e reformariam a Federação das Repúblicas Socialistas da América. Mais tarde, Haiti e a República Dominicana também se juntariam, formando a RS de Hispaniola. Contudo, para evitar o efeito dominó, os EUA fortaleceram relações com El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá com tratados econômicos que retribuíram com a cassação dos partidos comunistas e socialistas. Apesar disso, Nicarágua acabaria nas mãos da Revolução Sandinista e se juntaria tardiamente à Federação.

A Argentina sofreu um golpe militar em 1966, que depôs o Presidente Arturo Illia e que influenciou um golpe militar na Bolívia em 1967, e se aliou ao Paraguai, que já era governado por militares de direita. A Colômbia, um governo democrático de direita, passou a sofrer com a ação das FARC, que frequentemente eram financiadas pelo governo brasileiro, até ceder o governo para as organizações em 1971.

Com os governos sofrendo um efeito dominó, a maior parte da América Latina (com exceção do Cone Sul) se torna socialista, e acaba por formar um cordão sanitário similar ao que os Estados Unidos haviam feito na União Soviética, e também eventualmente dificultando a comunicação dentre os países financiados pelos norte-americanos.

No Chile, em 1970, Salvador Allende, um político socialista democrático, foi eleito. Em 1973, após vazamentos de um possível golpe militar, o Brasil rapidamente retalharia e denunciaria o que poderia ocorrer, e juraram proteção a Allende. Em 1971, Brasil influencia nas eleições do Uruguai, com a vitória de Líber Seregni pela Frente Ampla, apesar de não se tornar um estado socialista.

Em 1972, acossados por uma insurreição popular crescente e generalizada, a Argentina acaba por organizar eleições democráticas, porém sem a participação de Perón. O candidato peronista Héctor Cámpora, venceria, renunciando no mesmo ano para eleições livres.

Governo João Amazonas (1975 - 1979)[]

No governo João Amazonas, a repressão do governo anterior começou a diminuir. Houve diminuição na censura, e a oposição começou a ganhar força. A economia começou a desacelerar, junto com a economia soviética. O Brasil atingiu o seu maior poder militar e ainda rivalizava com a Argentina. Em 1977, após protestos de políticos das alas social-democrata e parte da moderada, o governo e partido finalmente cedem a abrir uma votação, que vencida pelos manifestantes, instaura o antigo bipartidarismo, e é criado o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

O Brasil comissionou dois porta-aviões nacionais, o Rio Grande do Sul e o Paraná, e operava 12 submarinos convencionais, e 2 submarinos nucleares de ataque, o Brasil e o América. O Brasil produzia em massa o tanque Osório, e a Força Aérea Braseira era a 5ª maior força aérea do mundo, com +200 MiG 21, +150 Embraer EMB-201 Tucano, +200 Embraer EMB-301 Condor, +30 Embraer EMB-302 Condor Naval (Aviação Naval), +20 Embraer EMB-202 Tucano Naval (Aviação Naval), e 15 bombardeiros Embraer EMB-401 Amazônia. O Brasil tinha a 6ª maior Força Armada do mundo, porém a Argentina era a 8ª maior potência miliar.

Programa Espacial[]

Em 1974, o Brasil lançou no VLS-1, o satélite Tucano-1, o primeiro satélite brasileiro. O Brasil lançou inúmeros satélites Tucano (pesquisas diversas e testes), SCB (comunicações), Falcão (reconhecimento), SPE (Satélite de Pesquisas Espaciais), Arara (sondas lunares), e Maracanã (sondas marcianas e venusianas), incluindo o lançamento, em 1982 do Maitaca-1, levando o primeiro astronauta brasileiro, Nivaldo Luiz Rossato. Depois, em 1983, começou a construção da Estação Espacial do Brasil.

Em contra-partida, a Argentina lançou o seu primeiro satélite, o Condor-1, em 1977, e disputou com o Brasil a Corrida Espacial Sul-Americana, curta e custosa.

Programa Nuclear Brasileiro e Corrida Sul-Americana[]

Durante o governo socialista, foram construídas as usinas nucleares de Angra 1, 2 e 3, sendo Angra 1 construída em 1971. O Brasil construiu mais sessenta e oito usinas nucleares depois de Angra 3, espalhadas pelo seu território, a tecnologia nuclear brasileira se tornou uma das mais eficientes e avançadas do mundo. Em 1979 o Brasil lançou o primeiro submarino nuclear. A Argentina acompanhou de perto o Programa Nuclear Brasileiro, e lançou, em 1974, a sua primeira usina nuclear, e, em 1981 comissionou seu primeiro submarino nuclear.

Ambos os países desenvolveram capacidades de enriquecimento de urânio suficientes para construir bombas atômicas, e poderiam construir bombas atômicas, a partir de 1984. O Brasil estava próximo de construir uma bomba atômica quando o Regime Socialista colapsou em 1986. Após a queda do socialismo no Brasil, a bomba foi finalizada, mas depois disto, o país abandonou o desenvolvimento de bombas atômicas.

A Corrida Espacial Sul-Americana foi bastante cara e trouxeram consequências ao Brasil, e principalmente a sua rival, a Argentina. O regime teve de abrir mão de ser a sede da Copa do Mundo para a Colômbia, que sediou, e teve como campeã a Holanda. A Argentina, em regime militar, esteve em sua pior crise econômica e social, acabaria colapsando em 1981, sendo reestruturada por um governo de transição. Já com o Brasil, a crise econômica estaria gradualmente se deteriorando, deixando as consequências para o governo de Carlos Lamarca.

Governo de Carlos Lamarca (1980 - 1986)[]

Em 1980, ano de eleições legislativas, o MDB assume mais de 1/3 das cadeiras, além da Greve do ABC. Em 80, Carlos Lamarca, que tinha subido novamente e rapidamente na hierarquia do PCB nos últimos 05 anos, é eleito Presidente pelo Comitê Permanente do Congresso Nacional.

Em 1981, ele declara o fim da censura, a Anistia, e o Comitê Permanente do Congresso é desfeito, e a independência da Rede Globo. Os exilados retornam, incluindo Darcy Ribeiro, Brizola e Niemeyer. O Cassino do Chacrinha torna-se um dos programas mais populares da Globo, inciado em 1981, três anos após Chacrinha ter sido preso pela ditadura socialista. O Cassino do Chacrinha foi o primeiro programa de TV no Brasil desde 1966 a fazer apologia ao capitalismo.

Guerra das Malvinas[]

No ano de 1982, ocorre um ato surpreendente. Durante a Guerra das Malvinas, Carlos Lamarca anuncia apoio e reforço militar para os argentinos, que enfrentavam um regime militar anti-comunista. O fato descontentou a opinião pública mundial, como a linha-dura do Partido Comunista, mas agradando a alguns membros moderados do partido também, e parte do Conselho de Segurança (soviéticos e americanos se posicionaram contra os brasileiros por motivos diferentes; acusações de traição pelos soviéticos; e segundo os americanos, um pretexto para realização de um golpe de esquerda na Argentina).

A guerra acabou com a vitória sul-americana e acabaria influenciando também a derrocada do governo de Galtieri, levando a Argentina a outra transição democrática. O Brasil, contudo, estava também passando por sua transição lenta e gradual, com as eleições de 1982 e a volta do multipartidarismo.

Diretas Já[]

Em 1982 ocorreram eleições diretas para governadores, com o MDB ganhando a maioria dos estados. Também é um ano de maior liberalização da economia, com o fim do tabelamento de preços, e liberdade de preços na venda de produtos.

Em 1983, ocorrem eleições livres e multipartidárias. Os principais partidos são o PT, composto por ex-membros socialistas democráticos do PCB e sindicalistas, principalmente do ABC, o PSB, com membros do PCB e outros sem filiações partidárias, o resto do PCB, o MDB, o PTB, re-fundado por antigos membros, como Brizola, e o PDS, compostos por direitistas, a maioria do MDB e ex-ARENA.

Copa do Mundo de 1982[]

A conquista da Copa do Mundo de 1982 em cima da Alemanha Ocidental por 5 a 3 foi um grande instrumento de propaganda das Diretas Já. Liderados por Sócrates, Zico e Telê Santana, o Brasil empataria por 3 a 3 em tempo normal e marcaria mais dois gols com Roberto Dinamite e Sócrates. Em uma entrevista, o Doutor declara que "[...]

Socrates-selecao-brasileira-copa-1986-original

Sócrates comemora o segundo gol sobre os alemães.

não é uma vitória nossa, mas é uma vitória do povo!". A chama das eleições gerais e a conquista do tetracampeonato do Mundial engrandecem a propaganda, tanto do governo, quanto da oposição.

Ainda em 1983, começam as campanhas pelas Diretas Já, pedindo eleições diretas para Presidente em 1985 que percorrem o Brasil até 1986, quando o Congresso acaba por liberar historicamente as eleições diretas. Em 1985, as políticas de liberalização, que tinham retirado o Brasil da estagnação, levaram o Brasil a entrar em recessão. A inflação e a dívida pública saltaram, e o PIB recuou mais de 4% em 86.

Fim de mandato[]

Em 1985, a Ala Radical e Moderada do Partido Comunista decide combater a contínua liberalização do país feita por Carlos Lamarca ao romper com o principal Partido. Lamarca, que havia se tornado social-democrata nos últimos tempos, acabaria por prosseguir a redemocratização do país sem mais alterações, além de aprovar as eleições diretas para presidente.

Em 05 de novembro de 1985, pela primeira vez nas urnas, o povo brasileiro escolhe Ulysses Guimarães, do MDB, como novo Presidente, vencendo candidatos como Paulo Maluf do PDS, sucessor de parte do ARENA, o governador do Rio, Leonel Brizola do PTB, e o sindicalista Lula, do PT. Ulysses Guimarães é empossado em 1º de janeiro de 86, e cumpriu seu mandato até 1989, quando foi derrotado por Mário Covas. Em 1986, ocorrem eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, que promulga em 1988, a Constituição Federal da República Democrática do Brasil de 1986.

Legado[]

O governo socialista colocou o Brasil como uma maior potência mundial, uma nação próxima do estágio de nação desenvolvida (mesmo com as favelas, que, apesar de serem construções irregulares, foram protegidas e cuidadas pelo governo socialista), com o 3º maior IDH da América Latina, inferior apenas ao do Chile e Argentina, com a 5ª maior economia do mundo, e uma potência tecnológica, com um dos melhores sistemas de saúde público do mundo, e um sistemas educações mais eficazes do mundo.

Países financiados pelo Brasil e URSS após a Guerra Fria: A FRSA adotaria ao sistema democrático em 1982 (apesar de que o sandinista Daniel Ortega permaneceria no poder até 1990 e se reelegesse em 2011), e se desintegraria novamente em 2007, em um processo similar a Federação Balcã (ex-Iugoslávia e Bulgária); o México, após vários protestos e conflitos insurgentes no sul do país, passaria por um processo de três anos em transição democrática, voltando ao regime democrático; Venezuela acabaria retornando com a eleição de Hugo Chávez, ao adotar o bolivarianismo; Colômbia em 1991 após o fim da União Soviética, e Peru em 1986 também com o fim do socialismo no Brasil.

Durante o atual governo Mântega, foi instaurada a Comissão da Verdade para apurar os crimes cometidos durante a Quarta República Brasileira e durante o Regime Socialista. Houveram casos de tortura, desaparecimento, corrupção e até mortes, desde opositores do regimes (como o ex-político Carlos Lacerda, que apesar de suspeitas de envenenamento por agentes brasileiros, acabou morrendo por infarto), até social-democratas.

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