Os Trapalhões é um programa humorístico brasileiro, criado por Wilton Franco[1] e estrelado pelo grupo cômico de mesmo nome, composto por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias; cada um desenvolveu uma persona cênica distinta. O grupo já obtinha sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960.
O programa estreou no ano de 1975 na Rede Tupi. Em 13 de março de 1977 estrearam na Rede Globo, antes do Fantástico. Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios. Um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, Os Trapalhões Predefinição:Carece de fontes/bloco2
O primeiro filme deles, Na Onda do Iê-Iê-Iê (1966), contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com o quarteto clássico, foram produzidos vinte e um filmes, começando com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (1978) até Uma Escola Atrapalhada (1990). Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram aos filmes de Os Trapalhões, sendo que sete destes filmes estão na lista das dez maiores bilheterias do cinema brasileiro.
Visão geral[]
O programa era formulado por várias cenas de alguns minutos, em que tomavam parte situações cômicas dos protagonistas, às vezes com um deles, dois, três e mesmo com os quatro Trapalhões. Os assuntos das cenas eram, por exemplo, os Trapalhões se opondo a inimigos ou a si mesmos em disputas (nas quais Didi e qualquer um dos três Trapalhões que estivessem do lado dele saíam vitoriosos em quase todas as vezes), eles pregando peças em outras pessoas e até em si mesmos e os quatro cooperando entre si mesmos para chegar a um objetivo comum. Houve também, ao longo dos anos do programa, várias paródias de super-heróis tradicionais, como Super-Homem (frequentemente interpretado por Didi por causa de seu papel de líder), Batman (este mais interpretado por Dedé, devido ao seu papel de segundo em comando), Homem-Aranha, Fantasma, Hulk, etc. Também houve, ao longo dos anos do programa, os Trapalhões mencionando a campanha em favor dos deficientes físicos e a favor do menor carente. O exemplo, é a campanha Criança Esperança, que começou em 1985 como SOS Nordeste e depois em 1986, foi rebatizado num programa comemorativo de 20 anos dos Trapalhões.
Personagens[]
Protagonistas[]
- Didi Mocó (Renato Aragão) : Seu nome completo é Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbbo, um esperto cearense com linguajar e aparência bastante cômicos, e que poucas vezes terminava as cenas com má sorte ou como perdedor, tanto enfrentando inimigos como seus próprios três companheiros. Apesar de ser o líder do grupo, em certas cenas é considerado pelos seus três companheiros como o membro de menor importância. Era apelidado de "cardeal", "cearense", "troféu de corrida de jegue", "alegria do jabá", "cabecinha" ou "cabeça-chata", referindo-se à sua condição de retirante nordestino. Didi estrelou o humorístico "Os Adoráveis Trapalhões"
- Dedé (Dedé Santana): O "Galã da Periferia", era o que agia com mais seriedade e considerado o cérebro do grupo e o mais valente dos quatro, sendo uma espécie de "segundo no comando". Sua masculinidade era sempre ironizada por Didi, que criava apelidos como "Divino", "rapaz alegre" e "audácia da pilombeta". Dedé estava no elenco de apoio do humorístico "Os Adoráveis Trapalhões" até que ele pudesse sugerir a entrada do Mussum ao grupo.
- Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes): Um bem-humorado sambista carioca que tinha orgulho de dizer que era natural do Morro da Mangueira, uma favela do Rio de Janeiro. Possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o "is" no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões "cacildis" e "forévis". Sua maior paixão é a cachaça, a qual ele chama de "mé" (ou "mel"). Devido ao fato de ser negro, era sempre alvo de piadas e apelidos, como ser chamado ironicamente de Maizena por Didi, ou mesmo "azulão", "Mumu da Mangueira" ou "cromado". Mussum entrou no humorístico "Os Insociáveis" na fase da RecordTV.
- Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves): Um tímido e baixinho mineiro com personalidade infantil, uma risada inconfundível e voz bastante fina, como a de uma criança. Por ser calvo, sempre usava uma peruca e entrava em desespero se esta fosse retirada de sua cabeça (geralmente por Didi), revelando sua calvície. Didi trouxe Zacarias ao grupo, completando assim ao lado de Dedé e Mussum, a formação mais famosa dos Trapalhões em 1976, no humorístico "Os Trapalhões" na Rede Tupi.
Coadjuvantes[]
O principal elenco de coadjuvantes, devido aos vários anos nos quais participaram do programa, era.
- Carlos Kurt: um homem louro, às vezes barbudo, intimidador, alto e com olhos enormes, que frequentemente representava vilões, valentões e outros personagens inimigos dos Trapalhões. Era frequentemente apelidado por Didi como "bode louro", "alumão" (alemão) e "macarrão de hospital". Teve grande participação no programa durante a década de 80, ao contrário da década de 90. Faleceu em 2003.
- Conrado (Conrado Fernandes Antunes) : Outro também tímido e alto mineiro com personalidade boa e madura . É romântico , extrovertido , alegre , brincalhão , apaixonado por várias garotas e muito sério . Conrado também gosta muito de música porquê gosta de cantar e de tocar violão .
- Roberto Guilherme: um homem grande, obeso e calvo que, assim como Carlos Kurt, também se destacou no programa interpretando papéis antagonistas. Seu principal trabalho foi dar vida ao seu mais famoso personagem, o Sargento Pincel, que comandava os "soldados" Trapalhões num quartel de exército. Roberto continuou a interpretar seu personagem ao lado de Renato Aragão e Dedé Santana em A Turma do Didi e Aventuras do Didi.
- Dino Santana: irmão de Dedé Santana. Representava personagens anônimos e sem destaque, o que pode tornar difícil saber quem e como ele é. Foi coadjuvante não só no programa dos Trapalhões até o ano final (1993), mas também em alguns filmes do quarteto, como Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, no qual representou o personagem Beato do deserto. Dino foi coadjuvante também no programa Dedé e o Comando Maluco, estrelado por seu irmão Dedé Santana.
- Ted Boy Marino: um lutador de luta-livre com um cabelo bem similar ao do personagem He-Man e sotaque espanhol.
- Tião Macalé: um dos mais famosos coadjuvantes. Um homem negro com um sorriso sem-dentes, que quase sempre encerrava suas participações nas cenas com a frase "Nojento!", frase que o fez famoso no Brasil.
- Felipe Levy: outro homem obeso e calvo, frequentemente escolhido para interpretar papéis de chefia, não só nas cenas comuns mas também no quadro do quartel dos Trapalhões, onde atuava como coronel. Por ter pele muito branca e ter cavanhaque, era às vezes chamado de "queijo-com-barba" por Didi. Faleceu em 2008.
- Jorge Lafond: um homem alto,negro e afeminado. Participou principalmente dos quadros do quartel dos Trapalhões , interpretando o Soldado Divino, primo de Mussum e também do Trapa Hotel.
- Mônica Fraga Atuava como coadjuvante em esquetes
- Duda Esteves Atuava no quadro "Trapa Hotel"
- Alessandra Aguiar Participou dos quadros "Trapa Hotel" e "Vila Vintém"
Outros[]
Outros coadjuvantes e convidados (participantes de alguns quadros), alguns com muitas participações, alguns deles foram:
- Costinha
- Isaac Bardavid (dublador brasileiro)
- Jorge Lafond
- Older Cazarré (dublador brasileiro)
- Selma Lopes (dubladora brasileiro)
- Maurício do Valle
- Ivan Setta
- João Carlos Barroso
- Jorge Cherques
- Dary Reis
- Augusto Olímpio
- Terezinha Elisa
- Zilda Cardoso (a famosa Catifunda)
- Arnaud Rodrigues
- Armando Bógus
- Carlos Alberto de Nóbrega
- Marcelo de Nóbrega
- Elizângela
- Chico Anysio
- Pelé
- Otávio Augusto
- Nizo Neto (dublador brasileiro)
- Lúcio Mauro
- Zezé Macedo
- Luiz Armando Queiroz
- Alberto Perez
- Colé Santana
- Rogério Cardoso,
- Mônica Fraga atuava como coadjuvante em quadros variados entre eles o Trapa Hotel dentre muitos outros.
Houve também diversas homenagens a cantores no programa dos Trapalhões; alguns deles foram: Ritchie, cantando sua música Transas; Joanna, com a sua Sonho a Dois; Sidney Magal, com algumas músicas, incluindo as Meu Sangue Ferve Por Você e Sandra Rosa Madalena; Ney Matogrosso, com muitas músicas, destacando-se Pa-Ran-Pan-Pan,Bandido Corazón e Homem com H; e Marcos Valle com sua Estrelar.
Produção[]
A direção[]
Vários profissionais passaram a ser diretores do programa dos trapalhões, alguns deles foram:
Direção
- Adriano Stuart (geral) 1981-1982
- Augusto César Vannucci (geral) 1977-1980
- Carlos Manga (geral) 1986-1987
- Fernando Gueiros 1994-presente
- Gracindo Júnior (geral) 1983-1984
- José Lavigne (geral) 1993-presente
- Márcio Trigo e Paulo Aragão (assistentes) 1993-presente
- Maurício Sherman 1990-1992
- Maurício Tavares (geral) 1987-1988
- Oswaldo Loureiro (geral) 1982-1983
- Paulo Aragão 1995-presente
- Paulo Araújo (geral) 1984-1985
- Walter Lacet (geral) 1986
- Wilton Franco (também esteve na redação, na redação final e geral) 1988-1992
A supervisão de criação[]
Só um profissional passou a ser supervisor de criação do programa dos trapalhões, esse foi Chico Anysio.
A supervisão artística[]
Só um profissional passou a ser supervisor artístico do programa dos trapalhões, esse foi:
- Maurício Sherman
A redação e redação final[]
Vários profissionais passaram a ser redatores e redatores finais dos programas dos trapalhões, alguns deles foram:
- 1983-1984: Carlos A. de Nóbrega, Roberto Silveira, Wilson Vaz, Emanuel Rodrigues, Expedito Faggioni, Marco Serrate e Renato Aragão.
- 1986-1987: Carlos Alberto Nóbrega, Roberto Silveira, Renato Aragão, Expedito Faggioni, Emanoel Rodrigues, Humberto Ribeiro, Gugu Olimecha e Celso Magno (Baiaco), com redação final de Carlos Alberto Nóbrega e Roberto Silveira.
- 1987-1988: Alberto Dini, Emanoel Rodruigues, Expedito Faggioni, Francisco de Assis, Humberto Ribeiro, Lipe, Marcos César, Marcos Serrate, Renato Aragão e Sérgio Valezin, com redação final de Renato Aragão.
- 1988-1989: Emanoel Rodrigues, Gilberto Fernandes, Gilberto Garcia, Humberto Ribeiro, Lipe, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Sérgio Valezim, Renato Aragão e Wilton Franco, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
- 1989-1990: Emanoel Rodrigues, Gilberto Fernandes, Gilberto Garcia, Humberto Ribeiro, Lipe, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Roberto Silveira, Sérgio Valezin, Walter Stuart, Renato Aragão e Wilton Franco, com redação final de Renato Aragão e Wilton Franco.
- 1990-1991: Elisa Palatnik, Emanoel Rodrigues, Expedito Faggionni, Humberto Ribeiro, José Sampaio, Luiz Carlos Góes, Mário Tupinambá, Mauro Wilson, Papa Camargo, Paulo de Andrade, Paulo Duarte, Roberto Silveira e Rose Duarte, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
- 1991-1992: Expedito Faggioni, Gugu Olimecha, Humberto Ribeiro, José Sampaio, Júlio Braz, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Paulo Duarte, Roberto Silveira, Rose Larrea e Wilson Vaz, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
- 1992-1993: Redatores: Expedito Faggioni, Gilberto Fernandes, Humberto Ribeiro, Lipe, José Sampaio, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Paulo Duarte e Roberto Silveira, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
- 1993-presente: Redação Final: Mauro Wilson e João Motta, com redação de Aloísio de Abreu, Bráulio Tavares, Cláudia Souto, João Carlos Motta, Juca Filho, Lenine, Mané Jacó, Mauro Wilson, Mú Chebabi e Paulo de Andrade
História[]
Primórdios[]
Sua estreia ocorreu em 1966, na TV Excelsior de São Paulo, com o nome Os Adoráveis Trapalhões. Reunia na sua fórmula quatro tipos: o galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivon Cury, o estourado Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão, o "Didi Mocó", além de Manfried Sant'anna, o "Dedé Santana". Com a saída de alguns desses integrantes, e a entrada do sambista participante de Os Originais do Samba Antônio Carlos Bernardes Gomes (o "Mussum") em 1972 e de Mauro Faccio Gonçalves (o "Zacarias") em 1974, consolidou-se o grupo que iria mais tarde tornar-se um dos quadros mais famosos da TV brasileira.
Na TV Record, estreando em 1972, o programa foi chamado de Os Insociáveis, o que desagradava Renato Aragão. Ao passar para a TV Tupi em 1974, ele fez com que o nome de Os Trapalhões se fixasse como sendo o do grupo (também incluiu Zacarias, no lugar de Roberto Guilherme, que antes completava o quarteto como "Beto"). Ali, Os Trapalhões conseguiram maior audiência em seu horário do que o quase sempre líder de audiência Fantástico, na cidade de São Paulo.Predefinição:Carece de fontes Mas a antiga emissora já apresentava muitas dificuldades financeiras, o que trouxe inúmeros problemas aos artistas. Finalmente, o programa foi para a Rede Globo em 1977, onde conseguiu um sucesso duradouro.Predefinição:Carece de fontes
- ↑ Predefinição:Citar web