Partido Conservador | |
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Número eleitoral | 10 |
Líder | Ana Amélia Lemos |
Presidente | Arthur Lira |
Vice-presidentes |
Ciro Nogueira Marcos Pontes Esperidião Amin |
Fundado em | 1836 |
Sede | Brasília, DF |
Publicação | Carta do Povo |
Ala juvenil | Nova Geração Conservadora |
Ala feminina | Mulheres Conservadoras |
Membros (2020) | 2.350.000 |
Ideologia |
Majoritário: Conservadorismo brasileiro Conservadorismo fiscal Liberalismo econômico Nacionalismo brasileiro Populismo de direita Monarquismo Facções: Conservadorismo social Conservadorismo liberal Direita cristã |
Espectro político |
Direita Facções internas: Centro-direita |
Afiliação internacional | União Democrática Internacional |
Deputados federais | TBD |
Senadores | TBD |
Governadores | TBD |
Prefeitos | TBD |
O Partido Conservador (PC) é um partido político brasileiro de direita conservadora. Fundado em 1836, o Partido Conservador é o segundo partido mais antigo do Brasil perdendo apenas para o Partido Liberal, fundado em 1831. A plataforma do partido tem como base fundamental o conservadorismo brasileiro, posição que contrasta com a do Partido Liberal, em que os membros adotam uma postura mais voltada para políticas liberais (mesmo tendo facções conservadoras), e do Partido Trabalhista, que tem suas principais bandeiras o trabalhismo e o socialismo democrático. Sendo assim, sua plataforma envolve o apoio ao modelo monárquico, à livre iniciativa, ao conservadorismo fiscal, a uma forte defesa nacional, desregulamentação e restrições aos sindicatos. Além disso, o partido possui dois tipos de facções, da ala conservadora mais moderada e tolerante às causas sociais até a ala mais socialmente conservadora que busca manter os valores tradicionais baseados principalmente na ética judaico-cristã.
Durante o século XIX, rivalizou com o Partido Liberal na Assembleia Federal. Entretanto, após alguns de seus setores e militantes apoiarem a insurreição dos republicanos em 1889, o Partido Conservador foi marginalizado, com uma pequena porção dos que se mantiveram leais à coroa sendo convocados à Assembleia Constituinte. Com o advento do multipartidarismo no país, o Partido Conservador começou a perder influência, sobretudo com o desenvolvimento do estado de bem-estar social do país. Em 1945, o partido começou a ganhar novamente atenção com a eleição de Eurico Gaspar Dutra, mas que brevemente perderia força com a ascensão de Leonel Brizola do Partido Trabalhista. O partido só experienciaria novamente uma ressurgência durante a década de 2010.
Atualmente, o Partido Conservador é o segundo maior partido em número de filiados no Brasil. Tem-se figurado em suas coalizões com os partidos Liberal e Progressista, apesar de atualmente figurar como partido independente na Assembleia Geral. Tem como maior base eleitoral no interior do país, sendo considerado um partido-base do agronegócio brasileiro, onde exerce maior influência, e também tem uma certa popularidade em alguns estados do Nordeste brasileiro (como Piauí, Ceará, Pernambuco e Paraíba) e nos estados do Centro-Sul, como Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás.
Alas e facções[]
O partido está dividido em diversas alas, podendo ser citado;
- Direita cristã - também é chamada de Direita Religiosa, composta por eleitores protestantes e católicos conservadores. São contra o aborto, casamento gay, pesquisas em célula-tronco e eutanásia. Essa não é a maior ala do partido, mas é a que mais consegue mobilizar eleitores em dias de primárias ou votações, cresceram muito a partir do início da década de 1980. Políticos como Cabo Daciolo, Anthony Garotinho, Clarissa Assed e Marcelo Crivella são importante membros desta ala.
- Conservadores sociais - é uma facção muito semelhante à direita religiosa, ambas as alas são contrárias ao aborto, casamento gay, eutanásia e à liberação das drogas. Os eleitores dessa ala são defensores dos valores morais e da família tradicional, mas não são necessariamente religiosos, agem independentemente de suas comunidades religiosas ou de seus líderes religiosos. O ex-primeiro-ministro Paulo Maluf e outros políticos como Eduardo Cunha e Levy Fidelix são importantes membros desta ala.
- Conservadores fiscais - esta ala é composta por conservadores que defendem o direito a propriedade privada, o estado-mínimo, a redução ou o corte de impostos, privatizações e o fim de programas sociais. Também são contrários ao aborto, ao casamento gay, à legalização das drogas, ao fim da pena de morte e à eutanásia. São favoráveis ao porte legal de armas e são defensores dos princípios morais e familiares, no entanto a maior parte destes eleitores não tem perfil religioso, o que difere da direita cristã e os torna muito semelhantes aos conservadores sociais.
- Neoconservadores - são defensores da política intervencionista do governo brasileiro, com ações militares em países onde os interesses do Brasil estejam ameaçados, do armamentismo e do sentimento militarista na população brasileira. Eram defensores do conflito contra a Venezuela e muitos destes neoconservadores se originaram durante a onda conservadora e na década de 2010. O Eduardo Bolsonaro, Jorginho Mello, Carla Zambelli e a Gleisi Hoffmann são os maiores expoentes dessa ala.
- Moderados - é composta por políticos e eleitores que não se preocupam tanto com questões religiosas, defendem o fim da pena de morte, o fim do porte legal de armas, legalização da maconha, as pesquisas em células-tronco e defendem alguns programas sociais. Se concentram nos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. É a maior ala, no entanto, desde o início da década de 1990 ela tem visto perder sua influência dentro do partido para os conservadores mais linha-dura, seus maiores representantes são o Antônio Carlos Magalhães, Jorge e Paulo Bornhausen, Eduardo Gomes, Soraya Thronicke, etc.
- Nacionalistas - é uma ala tradicional do partido, seus membros defendem a existência de um estado maior e muito participativo na economia, algumas medidas protecionistas, além de enfatizar o militarismo, a soberania nacional e a cultura brasileira, e eles tentam se aliar aos sindicatos para terem apoio. Seus pensamentos se assemelham muito aos dos neoconservadores, conservadores sociais e os cristãos de direita, no entanto, o que difere deles é as políticas nacionalistas na área econômica e social. As principais bandeiras desta ala do partido são o Éneas Carneiro, Eurico Gaspar Dutra, Teixeira Lott e Juárez Távora.
- Conservadores liberais - é uma antiga e, atualmente, minoritária ala do partido, que sempre teve força nos estados do Sudeste e Sul, principalmente no estado de São Paulo. Os conservadores liberais apoiam as políticas liberais do então ex-premiê Carlos Lacerda e do Milton Campos, tomadas para recuperar a economia americana após a queda de João Goulart em 1966, também apoiam uma limitação do Estado na economia, defendem a existência de programas sociais, menos impostos e são mais tolerantes às causas sociais, como casamento gay, aborto, controle de armas, toleram os imigrantes ilegais, opõem-se à pena de morte e os eleitores dessa ala não são muito religiosos. O Carlos Lacerda, Aureliano Chaves, Magalhães Pinto, Fernando Collor, Álvaro Dias e Ana Amélia Lemos pertenciam a esse grupo. Essa ala já foi considerada a maior do partido, conseguiram liderar a agremiação na década de 1950 até 1990, mas perderam força no final da década de 2000, após a diminuição dos conservadores moderados do partido, a ala que os conservadores liberais se aliavam e tinham mais apoio, entretanto a ala ganhou fôlego com a nomeação de Ana Amélia para o cargo de premiê.