Os plebiscitos de 1998 na Rússia aconteceram durante o dia 1 a 29 de fevereiro de 1998 para determinar a continuação do regime socialista de 40 anos, a forma e o seu sistema de governo do país.
Com as crises políticas e econômicas ocorrendo pelo país e a forte rejeição do Líder da Uniao Socialista, Nikolai Kromov, foi feito e aprovado pelo próprio presidente uma votação para determinar a forma de governo do país, se o país continuaria sendo uma república socialista. A Maioria decidiu dos eleitores votaram em não continuar com o sistema de governo socialista. 11 dias depois, foi realizado um outro plebiscito, dessa vez decidindo qual a nova forma de governo, sendo a maioria a favor da república. 7 dias depois foi realizado o terceiro e último plebiscito para decidir e escolher o sistema do governo republicano no país, no qual a maioria escolheu a semipresidencialista. Os três plebiscitos resultaram além da Guerra no Cazaquistão, seria o causador da dissolução da união socialista no ano seguinte.
Primeiro Plebiscito[]
Em 1 de outubro de 1999, foi realizado o primeiro plebiscito nacional para os cidadãos da União Socialista escolher se quer continuar ou não com o sistema socialista no país, que vinha num declínio econômico e uma grande fome generalizada no interior, causando indignação com os habitantes dessas regiões, que em sua maioria acabaram indo contra ao governo socialista.
Pelos resultados do plebiscito, 52,79% dos eleitores votaram em não continuar com o sistema socialista, sendo uma grande parte dos que votaram contra os eleitores das regiões mais rurais e situadas no interior no país, sendo eles justamente os mais afetados pela crise econômica. Nas regiões mais urbanas e mais ricas, grande parte dos eleitores votaram em continuar com o regime, sendo o estado de Oblast Mesthita que mais foi a favor, com 83% dos eleitores votando no ''sim''.
O Resultado do primeiro plebiscito resultou em grandes protestos pro-socialistas que tiveram força nas maiores cidades do país, incluindo as cidades do Cazaquistão, onde meses depois os manifestantes juntos com militares pro-socialistas, tomaram o Palácio Ark Oda e declararam uma separação entre o governo russo. Em Moscou, tendo aproximadamente 340,000 manifestantes entre os dias 2 a 31 de outubro. O Presidente, Nikolai Kromov, fez um pronunciamento nacional 1 dia após os resultados, afirmando que os resultados foram resultados ''confirmados e são legítimos'', e que ''não pode usar a violência''
Segundo Plebiscito[]
11 dias após o primeiro plebiscito, foi realizado o segundo plebiscito nacional, para decidir a forma de governo do país, sendo as duas opções: a República e a Monarquia. Apesar da impopularidade do regime republicano socialista, a república era a favorita disparada, no qual a esmagadora parte dos eleitores que votaram na continuação do regime socialista eram contra a volta da monarquia russa.
Como era de esperado, a república teve uma grande vantagem em comparação aos votos da monarquia, sendo uma diferença de 32% dos votos válidos. As regiões mais tradicionais e conservadoras do país votaram na restauração da monarquia, já as mais urbanas e com tendências pro-socialistas, votaram na república, sendo uma boa parte votando contra a restauração monarquista.
Após o segundo plebiscito, foi realizado uma votação pelo parlamento russo para decidir qual seria a bandeira da república russa. 71% dos parlamentares votaram na bandeira tricolor russa (branco, azul e vermelho), já os 20% votaram na bandeira branca e azul.
Terceiro Plebiscito[]
Para saber o sistema de regime republicano russo, foi realizado o terceiro plebiscito nacional, cujo eleitores tinham que escolher qual tipo de sistema republicano a Rússia teria, sendo dessa vez três deles: A Presidencialista, a Parlamentarista e a Semipresidencialista (união de presidencialismo com o parlamentarismo).
A Grande maioria dos eleitores russos escolheram o sistema ''semipresidencialista'' como o sistema de governo da república russa. Tanto os eleitores pro-socialistas como os antissocialistas e pro-monarquistas eram a favor do sistema semipresidencialista, sendo considerada como ''uma união dos dois sistemas que os eleitores apoiam''.
Diferentemente dos dois últimos plebiscitos nacionais, ouve uma grande redução das presenças das urnas, chegando aos 51% dos comparecimentos dos eleitores, sendo um recorde eleitoral nas votações da Rússia.
Reações[]
Resposta ao Governo do Cazaquistão e a suas Manifestações Populares[]
O República Socialista do Cazaquistão era uma das repúblicas mais a favor da continuação da União Socialista, onde pelo primeiro plebiscito 81% dos eleitores cazaques votaram a favor da continuação do regime socialista. Após os resultados oficiais, milhares de cazaques se manifestaram contra o resultado, alegando que não reconheceria o fim da URS. O Chefe de Estado do Cazaquistão, Dinmukhamed Otan oficializou seu reconhecimento ao resultado, o que causou ainda mais revolta por parte da população cazaque, onde as manifestações chamavam Otan de ''traidor''.
Em 1 de março de 1998, manifestantes junto com as forças armadas simpatizantes do regime socialistas invadiram o Palácio de Ak Orda, e conseguiram capturar o chefe de estado e logo depois prendê-lo dois dias depois. O Parlamento cazaque acabou sendo dissolvido e foi convocado um novo plebiscito nacional para uma separação do República do Cazaquistão na União Socialista. O plebiscito teve cerca de 71% da população votando a favor da saída da República do Cazaquistão na União, formando assim a República Socialista do Cazaquistão. O governo central russo responderia com uma intervenção militar por parte das 3 repúblicas restantes, iniciando assim a Guerra do Cazaquistão.