Presidente do Conselho de Ministros do Império do Brasil | |
No cargo | |
Ciro Gomes | |
desde 23 de fevereiro de 2017 | |
Membro de | Governo do Império do Brasil, Parlamento do Império do Brasil, Conselho de Estado do Império do Brasil |
Estilo | Sua Excelência, o (a) Muito Honorável (oficial)
Sua Excelência (internacional) Primeiro-ministro (informal) |
Status | Chefe de Governo |
Residência | Palácio do Catete (Residência Oficial)
Palácio Rio Negro (Residência Oficial de Verão) |
Indicado por | Câmara dos Deputados |
Nomeado por | Sua Majestade Imperial, D. Luís I |
Mandato | Indeterminado
O Primeiro-ministro permanece no cargo enquanto deter apoio do Parlamento e do Imperador do Brasil |
Formação | 20 de julho de 1847 |
Primeiro titular | Manuel Alves Branco, 2º Visconde de Caravelas |
Sucessor | Não possuí sucessor direto, mas, se o Primeiro-ministro se afasta do cargo temporariamente, é geralmente representado pelo Secretário de Estado |
Salário | R$384.000,00 (anuais) |
Website | www.catete.gov.br |
Presidente do Conselho de Ministros do Império do Brasil, informalmente, Primeiro-ministro do Brasil é o Chefe de Governo e líder do Poder Executivo do Império do Brasil.
Segundo a Constituição Imperial, o governo é dividido em quatro poderes independentes: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, e o Moderador. O poder de administração geral do país, isto é, o Executivo, é de responsabilidade do Primeiro-ministro, embora simbolicamente, pertença ao monarca.
O cargo de primeiro-ministro é o de maior importância na pirâmide administrativa da politica brasileira, sendo o ocupante do cargo considerado como a segunda pessoa mais poderosa do Hemisfério Sul, atrás apenas, do próprio Monarca Brasileiro. O primeiro a ocupar o cargo foi Manuel Alves Branco, 2º Visconde de Caravelas. O Visconde governou de 20 de julho de 1847 à 8 de março de 1848.
No reinado da Imperatriz D. Isabel I, o cargo modernizou-se e passou uma estrutura mais eficiente e bem equipada, agora o Presidente do Conselho de Ministros passava a ter mais poderes de gestão. Assim, toda a responsabilidade política do Brasil recai sobre o Primeiro-ministro. Por conta disto, o Premier possui atribuições exclusivas, tais como: coordenar as políticas de inteligência, determinar as fontes de recursos e fortalecer a segurança nacional; gerenciar e proteger segredos de Estado, autorizar e/ou suspender operações militares em território italiano ou no exterior; entre outras.
O efetivo recebe um salário anual de R$384.000,00 durante a execução do mandato, e todas as contas congeladas. Atualmente, o Primeiro-ministro do Império do Brasil é o advogado e professor Ciro Gomes, líder do Partido Trabalhista e ocupante do cargo desde 2017
Cargo[]
Atribuições[]
"Prometo manter, defender e cumprir conforme a Constituição, observar as leis, promover a paz e o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e independência do Brasil''
- Compromisso oficial feito pelo Primeiro-ministro por ocasião de sua posse no cargo.
São atribuições do Presidente do Conselho de Ministros:
- Nomear os ministros do Conselho de Ministros do Império do Brasil;
- Exercer a direção superior da administração federal;
- Expedir decretos e regulamentos para execução de leis federais;
- Dispor, através de decreto, sobre uma organização e o funcionamento da administração federal;
- Promover e extinguir os cargos públicos;
- Executar a intervenção federal;
- Indicar ao Monarca os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, e seus oficiais superiores nas cargas que são privativos;
- Nomear o Advogado Geral da União;
- Prestar, anualmente, ao Parlamento, contas referentes ao exercício da administração nacional;
- Apresentar ao Parlamento, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e propostas de orçamento;
- Representar a nação em reuniões políticas internacionais;
- Gerenciar e assegurar o sigilo de segredos de Estado
Privilégios[]
O Primeiro-Ministro conta com um salário anual de R$384.000,00. É obrigado a declarar todos os seus bens antes de tomar posse, e ao fim do seu governo. Durante o efetivar seu mandato, todos os seus bens são congelados, não podendo subtrair nem aumentar seu patrimônio em nenhum valor que não seja seu salário e o rendimento de ações e investimentos, caso os tenha. Durante o exercício do seu cargo, o Primeiro-ministro pode usar os serviços disponíveis pelo Estado: transporte, alimentação, hospedagens, entre outros. O Primeiro-ministro tem seu Gabinete Oficial no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, que também serve como sua residência oficial. Também conta com escritórios em São Paulo e Porto Alegre e uma residência oficial de verão, o Palácio Rio Negro, em Petrópolis. Como meios de transporte oficiais, o Primeiro-ministro conta com um Bentley Flying Spur, seu carro oficial; um Boeing 747-8, seu avião oficial; além de um helicóptero militar.
Exigências[]
Para que alguém possa ocupar o cargo de Primeiro-ministro, a Constituição pede algumas exigências:
- Ser brasileiro nato e ter residido no país por, no mínimo, 15 anos;
- Ter, no mínimo, 25 anos;
- Falar, fluentemente, português e espanhol
- Ter o pleno exercício de seus direitos políticos;
- Ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Império do Brasil
- Estar filiado e ser líder do maior partido político do Parlamento Imperial.
Lista dos Primeiros-ministros do Império do Brasil[]
O Brasil, desde 1847, possuiu 68 primeiros-ministros:
Eleição[]
O processo eleitoral para o cargo de Primeiro-ministro do Brasil é através da eleição indireta. O Primeiro-ministro é, constitucionalmente, o líder do maior partido na Câmara dos Representantes, por esse motivo, não é, necessariamente, escolhido pelo eleitorado.
Ainda que o líder do maior partido da Câmara seja um membro do Senado Imperial, este ainda assim se torna Primeiro-ministro, já que não há especificidades que impeçam um membro do Senado, portanto um nobre, de ocupar o cargo máximo do Executivo. A única determinação para o cargo, é de que o líder do partido com maior representação na Câmare precisa ser membro do Parlamento, e, caso não seja, ele deve indicar algum parlamentar para assumir o cargo que seria seu.
O processo de eleição do Primeiro-ministro ocorre da seguinte maneira:
- Votação de liderança: nessa fase, os delegados partidários de cada distrito eleitoral do Brasil, votam para o escolher o líder de seus respectivos partidos. Não há participação popular nessa fase, há apenas no processo de escolha dos delegados. Cada província tem tantos votos quanto o número de delegados, isso é, cada delegado eleitoral equivale à um voto para a eleição do líder do partido, como uma espécie de eleição direta. Assim sendo, as maiores províncias possuem um maior número de votos para a eleição do líder, haja vista que são divididas em um número maior de distritos. No final das eleições partidárias é escolhido como líder do partido aquele que obtiver o maior número de votos.
- Eleição geral: na fase das Eleições gerais, ocorre, através do voto direto, a escolha dos parlamentares do Império. Ao final das eleições, o partido que conquistar o maior número de cadeiras na Câmara ganha o direito de delegar seu líder como o Primeiro-ministro do Império.
- Análise política: assim que o Primeiro-ministro é indicado, ele passa por uma análise política, onde o Supremo Tribunal Imperial (STI) verifica todo o antecedente político do indicado em busca de irregularidades. Caso seja constatada alguma irregularidade, como acusação de corrupção, fraude eleitoral, falsificação no currículo, ou algo do gênero, o indicado é automaticamente vetado e perde seus direitos políticos. Caso isso ocorra, o líder o segundo maior partido da Câmara é indicado para o cargo de Primeiro-ministro, passando pelo mesmo processo. Embora isso nunca tenha ocorrido, caso todos os líderes partidários tenham irregularidades em seus históricos, são realizadas novas eleições internas dentro dos partidos para a escolha da novos líderes. Não são realizadas novas eleições gerais e nesse caso, o novo líder do maior partido na Câmara é indicado para o cargo de Primeiro-ministro, quando o processo todo reinicia.
- Nomeação oficial: não sendo constatada nenhuma irregularidade no histórico do indicado ao cargo máximo do Executivo, esse deve receber o convite oficial do monarca para assumir o cargo de Primeiro-ministro. É tradição que o aspirante ao cargo vá presencialmente ao Paço Imperial - local de trabalho oficial do monarca brasileiro - e receba do Imperador o convite, devendo dizer "sim", se aceitar o cargo e "não" caso o contrário. A Contituição Imperial determina que o monarca pode, se assim julgar necessário, não convidar o indicado para o cargo de Primeiro-ministro, sendo que se isso ocorrer o líder de segundo maior partido passa a ser o aspirante a aprovação do monarca. Recusar o indicado ao cargo de Primeiro-ministro, é uma decisão que o monarca pode tomar sozinho, apesar disso, é obrigação do Conselho de Estado manifestar sua posição. Essa situação nunca ocorreu, mas já é prevista constitucionalmente.