Aapyawwaaso | |||||||
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Manifestantes marchando nas ruas de Naipidai em dezembro | |||||||
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Combatentes | |||||||
Manifestantes antigoverno | Governo Popular de Mianmar
apoiado: | ||||||
Fíguras politicas | |||||||
liderança decentralizada | Shaiky Hwei Uin Tha Gyaw Than Sein | ||||||
Forças | |||||||
+1,900,000 manifestantes (1 de março) | 166,404 policias e soldados da força popular (3 de março) | ||||||
Baixas e perdas | |||||||
6,128 mortos e 30,221 feridos +35,000 presos(30 de março) |
+3,000 policias e soldados mortos 10,320 policias e soldados feridos (29 de março) |
Os protestos em Mianmar, também conhecido como A Fala (em birmanês: Aapyawwaaso) começaram a partir de 13 de dezembro de 2022 após os manifestantes protestarem contra as reformas propostas pelo governo. Os protestos são considerados como o maior em toda história no país, superando os protestos de 1999. Em março de 2023, os protestos voltaram a surgir, dessa vez sendo mais violento que a de dezembro.
Em 13 de dezembro, o Governo de Shaiky Hwei elaborou reformas da segurança social que aumentaram os impostos sobre o rendimento e a folha de pagamento, reduzindo os benefícios de pensões em 10%. Imediatamente a população saiu pelas ruas e começaram assim os primeiros protestos pelo país. Cerca de 20,000 manifestantes estavam presentes no primeiro dia e o número só aumentou com a repressão policial no dia seguinte. A partir do dia 18, o país teve mais de 400,000 manifestantes em 10 grandes cidades no país, chegando a ultrapassar os 300,000 das manifestações de 1999.
O Governo de Mianmar desde o inicio dos protestos respondeu com uma mortal repressão policial contra os manifestantes. O presidente descreveu os protestos como ''uma tentativa de golpe contra a república popular''. Com o fortalecimento dos protestos, o governo decretou estado de emergência em todo país e expandiu ainda mais o número do exército. Cortou a internet pelo país inteiro, contudo as manifestações só continuaram a aumentar mesmo com a falta de comunicação nas redes. Percebendo que os protestos estava sendo insustentável, o governou acabou tirando as reformas.
Apesar da anulação das reformas propostas do governo em janeiro de 2023, as manifestações voltaram a se intensificar violentamente após a morte da militante dos direitos humanos, Mija Goey em março de 2023.
A segunda fase das manifestações de Mianmar pretendia dessa vez mais direitos civis e políticos para a população, bem como pediam o fim do regime comunista, mas inicialmente não de forma violenta. O então governo mais uma vez reprimiu violentamente contra os manifestantes e em 10 de março, o presidente do país, Shaiky Hwei escreveu as manifestações como ''terroristas'' e que não ''deixaria a república popular caí em mãos de fascistas''. A partir de 15 de março, o exército do país interferiu na situação e começou a matar os manifestantes, iniciando vários massacres que rapidamente se espalharam pela mídia internacional.
Mesmo com essa brutal repressão, os manifestantes continuaram a enfrentar as forças armadas, chegando a usar armas contra as forças. Em 20 de março, na cidade de Mogok, forças auto descrita como ''Exército da Unidade Nacional'' invadem a cidade e após uma batalha de 2 horas conseguiram tomar a cidade e no mesmo dia tomaram mais de 20 pequenas cidades, iniciando assim a Guerra Civil no país.