História alternativa Wiki
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República do Pantanal
Pantanal
Antecessores 1967-1986 Sucessores
Pantanal Pantanal
Bandeira Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Pantanal
Localização de Pantanal
Capital
(e cidade mais populosa)
Corumbá
Gentílico pantaneiro(a)
Forma de governo República militar totalitária
Presidente Vicente Manzano (1967-1986)
Estabelecido em Revolução de 67
8 de janeiro de 1967

Os termos República do Condor e Ditadura do Condor, raramente também chamada de Segunda Ditadura, se referem ao regime militar instaurado no Pantanal em 8 de janeiro de 1967 e que durou até 1 de janeiro de 1986. Teve seu início com o assassinato do presidente Ricardo Soares e de Pedro Rocha, respectivamente, os então presidente e vice-presidente democraticamente eleitos. O regime acabou com a posse de Alexandre Barreto, vencedor das primeiras eleições populares a serem realizadas na república atual e presidente da Assembleia Constituinte de 85. O período Condor foi governado integralmente pelo General Vicente Manzano.

A morte de Soares e Rocha foi noticiada pela TV Nacional como suicídio no dia 7 de janeiro de 1967, as 23:12 da noite. No dia seguinte, as 11:41, Manzano entra em cadeia nacional para anunciar o "início de uma nova era". Viturino, comandante da Armada Pantaneira na época, disse que "só terá medo de ser reprimido quem for inimigo do povo pantaneiro", se referindo às guerrilhas e movimentos de oposição, que já eram de conhecimento dos militares que estavam se armando para uma possível contrarrevolução. O verdadeiro motivo da morte de Soares e Rocha só foi revelada em 2006, com a instauração da Comissão Nacional da Verdade, que revelou que ambos foram torturados e carbonizados pelos militares no Ministério da Armada. O depoimento foi dado pelo militar da aeronáutica, Coronel Xavier Vilela, responsável pela captura do presidente e de seu vice.

O regime adotou uma diretriz nacionalista, anticomunista e totalitária, onde seus opositores políticos foram perseguidos e o sistema multipartidário foi suprimido. Para sustentar a ditadura militar, foi estabelecido a criação da Frente Renovadora, o partido político que viria a abrigar os apoiadores do governo militar. Candidatos independentes poderiam lançar candidaturas e inclusive ser eleitos para uma vaga na Assembleia do Estado, no entanto o processo para estes era considerado mais burocrático. Cerca de 19 congressistas foram dados como desaparecidos, todos independentes.

A redemocratização começou a ser debatida entre os generais a partir do ano de 1982, entretanto o plebiscito que viria a definir se o governo militar deveria permanecer ou não seria somente concretizado dois anos depois. O plebiscito de 1984 foi originado pelos próprios militares e enviado por Vicente Manzano à debate dentro do Congresso Nacional no dia 4 de fevereiro do mesmo ano. Manzano foi consagrado, com aprovação unânime pelo Congresso Nacional, um ano a mais no poder do executivo, para que a Assembleia Constituinte pudesse ser realizada de forma mais segura.

Por fim, o plebiscito foi votado em âmbito nacional no dia 25 de agosto e contou com 96,9% dos eleitores aptos a votar, segundo o regulamento, caso a opção Sim vencesse, as estruturas governamentais não sofreriam mudanças, as eleições presidenciais permaneceriam restritas aos militares do generalato/almirantado e aos parlamentares, onde seus candidatos deveriam ter como requisito mínimo, a patente mais alta de sua força armada (seja ela a Força Terrestre, a Armada ou a Força Aérea). Caso a opção Não vencesse, o governo deveria realizar eleições presidenciais pro ano de 1985, onde qualquer cidadão com 25 anos ou mais poderia se candidatar.

O Não foi a opção mais votada pela população, com 53.40% dos votos, enquanto o Sim obteve os restantes 46.60%. No dia 29 de dezembro de 1985, faltando dois dias para o fim do seu mandato, Manzano discursa em rede nacional, como uma forma de despedida, desejando boa sorte ao novo governo. Com a vitória de Alexandre Barreto nas eleições presidenciais, seu primeiro ato foi trazer de volta a legalidade os partidos que foram perseguidos e declarados como ilegais durante o anterior governo, incluindo o seu próprio, o PCP.

Antecendentes[]

A valorização e aquisição de poder das forças militares são oriundas do triunfo do Pantanal na Guerra do Paraguai, que apesar de ter ocorrido quase que cem anos antes do Condor, foi o suficiente para ser prestigiada pela população, uma pesquisa de 1943 apontou que 86% da população apoiaria um governo militar no país, argumentando que seria uma opção mais viável e segura para a estabilidade nacional. Durante os governos de Zenóbio e Dutra, as Forças Armadas foram ganhando cada vez mais espaço na política, através de nomeação de militares de média e alta patente para secretarias e ministérios.

O Governo de Bruno Oliveira foi caracterizado principalmente pelas suas péssimas relações com as Forças Armadas, bem como suas incessantes tentativas de reformas consideradas progressistas, foi a partir de 1964 que os primeiros generais começaram a integrar o Plano Condor, comandado pelos Estados Unidos e que havia participação de outras nações sul-americanas.

Oliveira/Schmidt lançaram sua candidatura a reeleição em julho de 66 pelo Partido Social-Democrata, enquanto Soares/Rocha se candidataram pelo Partido Comunista, de qualquer forma, os militares estavam dispostos a tomar o poder independentemente do resultado nas urnas, visto que nenhum dos maiores candidatos defendiam suas pautas.

Cronologia[]

Assassinato de Soares e Rocha[]

Junta militar[]

Inicio da repressão política[]

Extinção de partidos políticos[]

Decretos Supremos[]

Últimos anos[]

Repressão[]

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