A Revolução Sudanesa foi um evento de intenso protestos políticos no país que iniciaram em julho de 2012 como parte do movimento da Primavera Árabe. Assim como boa parte das revoltas pelos países árabes, o governo sudanês também foi derrubado com o exilio do presidente e assim imposto um novo governo provisório democrático.
As causas citadas pelos manifestantes incluíram desemprego, falta de moradia, corrupção, autoritarismo do governo sudanês e más condições de vida. Na parte sul do país (especificamente o Sudão do Sul), grupos nacionalistas sul sudaneses também se juntaram contra o governo de al-Bashir, onde pediam um referendo sobre a independência do país. Os protestos se intensificaram após o massacre de cartum, que revoltou ainda mais a população chegando no ponto da capital sudanesa ser descrita como um ''campo de batalha''. Após sofrer um ataque contra o palácio de cartum, o presidente do Sudão se exila para Meca e deixa o cargo de presidente vazio.
Com a sua saída, é formado um governo de transição democrática, reunindo políticos civis da oposição e convocando assim uma Assembleia Nacional Constituinte no país até 2014 com a criação da constituição. Durante os primeiros meses do governo de transição, ocorreram protestos pro-bashir e ouve uma tentativa de golpe militar em dezembro daquele ano, que fracassou e terminou na prisão dos envolvidos. Em 2014, foi finalmente terminada a Assembleia Nacional Constituinte, e assim foram realizadas as primeiras eleições democráticas na história do país, com o Partido unionista Democrático vencendo e formando uma coalizão entre os conservadores e liberais sunitas.