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By:GojiraKaiju4

Bandeira Imperial do Brasil (27 estrelas -atualizada)

Bandeira Nacional


Brasão do imperio
Brasão de Armas
Hino Nacional: Coroação de Pedro IILema:Independência ou Morte
Gentílico: Brasileiro(a)
Mapa
Território do Sacro Império Brasileiro

Capital: Brasilia Províncias: 33
Língua Oficial: Português
Governo: Monarquia Constitucional Parlamentar
Areá BR: 8.515.767,049 km² TF: 2794.834 km² ,PT: 88.889 km² CV: 4033 km² GB: 36.125 km²
Monarca
Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Dom Bertrand
Primeiro Ministro
Luiz Philippe de Orléans e Bragança
Luiz Philippe de Orléans e Bragança
População: Brasil: 665,64 milhões Terra Firma: 119 Milhões Portugal: 10 Milhões Guiné-Bissau: 2 Milhões Cabo Verde: 587 Mil
Fronteira com: Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guine, Suriname e Guiana Francesa, Espanha
Constituição
Constituição 1824
Constituição de 1824

Sacro Império do Brasil (Terra 616)[]

O Sacro Império Brasileiro, oficialmente Império do Brasil, é o maior país da América do Sul e da região da América Latina, sendo o segundo maior do mundo em área territorial e o quarto em população. É o único país da América onde se fala majoritariamente a Língua portuguesa e o maior país Lusófono do planeta, além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversa, em decorrência da forte imigração oriunda diversos locais do mundo. Sua Constituição, promulgada em 1824, concebe o Brasil como uma monarquia constitucional parlamentarista formada pela união das trinta e três províncias, possuindo mais três na Africa, uma na Europa e uma na América do Norte.

História[]

O Primeiro Reinado (1822 - 1831)[]

Independência[]

Proclamação da Independência do Brasil

Proclamação da Independência

No dia 7 de Setembro de 2022 as marges do Rio Ipiranga o Príncipe Dom Pedro IV de Portugal, convencido por sua esposa Maria Leopoldina da Áustria e pelo governador da província de São Paulo José Bonifácio de Andrada, proclama a independência do Brasil, em 1 de Dezembro de 1822 é coroado como Imperador Dom Pedro I do Brasil ao lado de sua esposa, a Imperatriz Dona Leopoldina.

Esta ação resultou em uma serie de revoltas de militares e políticos ligados ao Reino de Portugal que se recusavam a reconhecer a separação entre Brasil e Portugal, resultando em protestos e reações politicas. Nas províncias do Maranhão, Grão Para e Piauí, ocorreram conflitos armados entre outras tropas locais e oficiais, até que em 1823 as principais tropas de Portugal foram derrotadas e a condição da volta do Brasil aos status de colônia se tornaram impossíveis. O Reino de Portugal só viria a reconhecer a independência do Brasil em 29 de agosto de 1825, através de um pagamento de 200 Milhões de Libras Esterlinas.

Coroação de Dom Pedro I

Coroação de Dom Pedro I

A Constituição de 1824[]

Durante a elaboração da constituição, os políticos tentaram limitar os poderes do Imperador, uma reação devido a forma autoritária que o Monarca apresentava ao governar, no que resultou no desapontamento do monarca e no fechamento da Assembleia Constituinte e na prisão de alguns deputados. Com isso Dom Pedro I escolheu 10 pessoas de sua confiança para que elaborassem uma nova constituição e esta foi outorgada em 25 de Março de 1824. A Constituição estabeleceu para o Brasil o sistema Monárquico Parlamentar e as leis seriam elaboradas pelo Poder Legislativo (Composto pelos Deputados e Senadores) e executadas pelo Poder Executivo (Composto pelo Presidente do Conselho de Ministros)

A Constituição também estabeleceu leis para o processo eleitoral no país, somente os grandes proprietariados de terra do sexo masculino, com mais de 25 anos teriam o direito ao voto, sendo obrigatório comprovar a alta renda de 4 Mil Reis. Por esta razão o Imperador se viu impedido de abolir a escravidão no país. Ainda nesse ano chegava a primeira onda de imigrantes Alemães, incentivados pela Imperatriz Maria Leopoldina.

A Guerra da Cisplatina[]

Em 10 de Dezembro de 1825, em resposta ao movimento dos 33 orientais que pretendiam proclamar a Independência da Cisplatina e unir o país com as Províncias Unidas do Rio da Prata, o Império do Brasil declarou guerra a Província da Cisplatina, que uniu força com as Províncias do Rio do Prata. Durante este período a vantagem das batalhas terrestres estavam com as Províncias do Rio da Prata que obtiveram vitórias na: Batalha de Sarandi e na Batalha de Ituzaingó. Em contrapartida o Império do Brasil obteve vitórias marítimas esmagadoras na Batalha de Monte Santiago.

A guerra só chegou ao fim, com a mediação da Grã Bretanha que fez ambos os lados assinarem um tratado em 1828, que garantia que nenhum dos países revindicariam a Cisplatina como parte de seu território, e garantiria sua independência. Assim no dia 18 de Julho de 1830 a Província da Cisplatina se tornou a República Oriental do Uruguai.

Tratado da Confederação Lusófana e o Sacro Império Brasileiro[]

No dia 10 de Março de 1826 ,o Rei Dom João VI de Portugal veio a falecer e Isabel Maria assumiu imediatamente o governo interino e Dom Pedro I do Brasil foi reconhecido legítimo herdeiro, como Dom Pedro IV de Portugal. Isso não agradou em nada o Reino de Portugal, que via nessa possibilidade seu progressivo enfraquecimento. E para o Império do Brasil, poderia significar prejuízos à sua emancipação política. A Inglaterra também via com preocupação essa possibilidade, pois se a Coroa portuguesa, por desistência de D. Pedro, ficasse com seu irmão, Dom Miguel, ocorreria uma aproximação de Portugal com a Santa Aliança, o que de modo algum agradaria ao governo inglês, que também estava ciente de que o príncipe Dom Miguel tinha tendências absolutistas. O governo brasileiro estava atento para evitar medidas que privassem Dom Pedro de seus direitos hereditários.

O secretário das Relações Exteriores do governo britânico George Canning, que esteve presente em diversas negociações diplomáticas que envolveram o Brasil naquele período, chegou a propor que a sucessão monárquica, obedecendo às tradições, recaísse sobre o primogênito. O Rei/Imperador moraria alternadamente no Brasil e em Portugal, conservando as duas coroas sobre sua cabeça. Para o desagrado da população brasileira e do Reino de Portugal, a proposta então foi aceita por Dom Pedro I que regressou a Portugal em 7 de Abril de 1826 para a coroação. Por pressão da Inglaterra, Portugal assinou o "Tratado da Confederação Lusófona" que unificava as duas coroas, jurava a constituição brasileira de 1824 que acrescentaria elementos da constituição de 1821 de Portugal, e unificando Portugal e suas colônias ao Brasil, elevando o Brasil e Portugal novamente aos status de Reino Unido, formando o Sacro Império Brasileiro. Apesar da oposição da população na America do Sul e dos políticos na Europa, a pressão da Inglaterra fez com que o parlamento de ambos os países cedessem as exigências, Dom Pedro I foi coroado o Imperador do recém formado Sacro Império Brasileiro no dia 7 de Setembro de 1826.

Esse tratado foi duramente criticado pelos outros países europeus (que repudiaram a ideia de unificar uma coroa e americanos, que o viam como um ato descarado de imperialismo na Africa e na Europa. Ele marca o início da expansão imperialista brasileira. Anteriormente seu irmão mais novo Dom Miguel havia planejado um golpe de estado, que foi rapidamente sufocado pelo seu irmão mais velho, que decretou a Lei do Banimento em 19 de dezembro de de 1826, através da qual Dom Miguel, então já destituído do estatuto de realeza, e todos os seus descendentes, ficaram para sempre obrigados a viver fora do território português e sem quaisquer direitos de sucessão ao trono de Portugal.

Tratado de 1826[]

O Tratado de Aliança e Amizade entre Portugal e Inglaterra assinado em 1810, foi revogada, e foi-se feito um novo tratado para adaptar-se ao Império do Brasil. Dom Pedro I assinou vários acordos, tal como seu pai Dom João Vi, havia assinado antes dele, que ficou conhecido conhecidos como Tratados de 1826 e incluem o de Aliança e Amizade e o de Comércio e Navegação.

No tratado, estabelecia-se que:

  • Os dois Impérios (Brasileiro e Britânico) seriam fiéis aliados nos planos políticos e militares;
  • A Inglaterra renovaria seus direitos sobre a Ilha da Madeira;
  • Os ingleses que viviam no Brasil teriam ampla liberdade religiosa;
  • A Inglaterra teria o direito de cortar madeiras e construir navios, mas não manteria uma esquadra de guerra no litoral brasileiro;
  • Os ingleses pagariam tarifas alfandegárias preferenciais;
  • A Inglaterra passou a distribuir, na Europa, os produtos tropicais;
  • Cedendo à pressão dos ingleses, a Coroa Brasileira comprometia-se a extinguir gradativamente o trabalho escravo (Art. 10.).

Reservas Indígenas e a Abolição da Escravatura[]

Através do tratado de 1826, o Presidente do Conselho de Ministros, José Bonifácio, que havia criado um projeto de abolição gradual da escravidão no Brasil em 1823, porem recusado pelos fazendeiros escravocratas que compunham o parlamento, conseguiu aprovar o seu projeto que havia agradado o Imperador. As novas leis não só afetaram o Brasil, mas as novas províncias de Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guine Equatorial, como consequência o comercio de escravos foi encerrado e criminalizado em terras brasileiras, o monarca então aplicou um projeto para indenizar os ex escravos e fornece-lhes educação. Bonifácio enxergava no futuro os negros como uma gigantesca mão de obra na industria brasileira, já o Imperador, os via como braços fortes na guerra, fieis guerreiros na constante luta pela expansão do império. Com o fim da escravidão, Dom Pedro I decidiu elevar os status das ex colônias de Portugal a províncias.

Dom Pedro I também não tardou em criar reservas indígenas, para a proteção dos povos nativos e de suas culturas. Essa não seria a primeira vez que o monarca fazia isso, quando o Brasil ainda era colônia, Dom Pedro havia decretado em 24 de março de 1819, que os governadores interinos da Capitania de São Paulo ajudassem o padre Manoel Ferraz Botelho a civilizar os índios então conhecidos como Kayapós, que viviam no sertão do Rio Paraná, próximo à região que hoje faz divisa com a Província do Mato Grosso do Sul.

As Forças Armadas[]

Brasão do Exercito Imperial

O Imperador continuaria suas políticas com as forças armadas que implementava desde 1815. Embora eficientes contra Portugal e as repúblicas latino-americanas, a marinha e o exercito brasileiro precisavam ser construídas para ser eficientes contra inimigos mais poderosos. Com a unificação de Portugal e das colônias, a disciplina se tornou mais rigorosa e os treinamentos mais pesados. Para Dom Pedro, era importante investir na segurança, ter um exercito compatível com o de outras nações é fundamental para o progresso e desenvolvimento. Incentivou-se a pesquisa de novas armas, a construção e fortificação das docas e dos arsenais para a nova esquadra de 60 navios que antes pertencera a Portugal, que seria enviada ao Brasil.

CoA Imperial Brazilian Navy

Em 1840, o Exercito Nacional era um dos mais poderosos do mundo ocidental com homens bem equipados, em ótima forma, treinados nos mais variados tipos de combate e terreno. Nessa época, a Marinha Imperial Brasileira, mesmo não sendo a maior, era a mais moderna e avançada do mundo. Um exemplo disso é que ainda nos anos 1850 os brasileiros faziam seus primeiros projetos e testes com veículos submarinos, algo que só aconteceria realmente no resto do mundo nos anos 1870. A Marinha Real Britânica podia ser a maior, mas à Marinha Imperial Brasileira pertencia o segundo lugar.

Frota Portuguesa

Economia[]

A economia era baseada na agricultura moderna e na industria de ponta. Os negros que não tiveram acesso a educação foram integrados a sociedade através dos planos de inclusão de Dom Pedro I, com seu lema "Mãos pesadas na indústria, braços fortes na guerra". Os negros ou trabalhavam nas fabricas e campos, ou serviam no exercito. Os agricultores trabalhavam nos campos da Coroa e recebiam altos salários, enquanto que as cargas de trabalho eram baixas, quando comparadas com a indústria. Assim os agricultores iam enriquecendo e compravam seus próprios campos. Os mulatos e negros passaram a ingressar na politica, graças a crescente influência dessa nova classe.

Os negros, que outrora eram escravos, tornavam-se políticos, militares, ricos comerciantes, burgueses e aristocratas. Ainda sim, outra parcela da população negra não era tão prospera. Mais da metade da mão de obra industrial era formada por negros, sendo só 30% dessa mão de obra formada de brancos e imigrantes europeus, asiáticos e judeus. Como as cargas de trabalho eram altíssimas e os salários baixos, a qualidade de vida dessas pessoas era baixa. Essas populações não tinham como se manter nas cidades e firam migrando para os morros, bem longe da camada urbana, onde construíam seus barracos, originando as favelas.

Declaração da Maioridade de Dom Pedro II[]

Em 24 de Setembro de 1840, o Imperador Dom Pedro I veio a óbito aos 41 anos, após uma grande luta contra a tuberculose. A coroa foi passada para seu filho Dom Pedro II do Brasil, a constituição no entanto determinava que o jovem príncipe só poderia ser coroado em 1844 ao completar 18 anos de idade, temendo o fortalecimento de movimentos separatistas e crises politicas: Políticos, Militares, Jornalistas e até mesmo a população que estava descontente e insatisfeita com o falecido monarca, enxergaram a figura intelectual do filho do Imperador como o único capaz de manter a ordem. Em 28 de Julho de 1840, a Assembleia Constituinte reconheceu o desenvolvimento intelectual de Dom Pedro II, declarou sua maioridade. E no dia 18 de Julho de 1841 o jovem príncipe foi coroado, o Imperador Dom Pedro II do Brasil.

Coroação de Dom Pedro II

Coroação de Dom Pedro II

O Segundo Reinado (1840-1890)[]

Educação[]

Com o inicio do Segundo Reinado, floresceu no Brasil o ideal pacifico e diplomático do Imperador Dom Pedro II. O imperador herdou de seu pai, Dom Pedro I, uma potência militar e econômica, fruto da politica expansionista do Primeiro Reinado. Porém a grandeza militar do império, não condizia com suas condições sociais. Com o inicio de seu reinado: foi-se investido na construção de varias escolas, o governo brasileiro agora pagava uma bolsa de estudos para que brasileiros estudassem na Europa, se formassem e trouxessem seus conhecimentos para o Brasil.

Ferrovias[]

Irineu Evangelista de Sousa-Barão de Mauá

Barão de Mauá

Em 1850, se tem inicio a "Era Mauá" iniciando o processo de industrialização no país. A Estrada de Ferro Mauá, conhecida oficialmente como a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis, foi a primeira ferrovia a ser estabelecida no Brasil e a terceira na América do Sul, (depois do Peru em 1851 e do Chile em 1852) no ano de 1854. Construída pelo empresário brasileiro Irineu Evangelista de Sousa, mais conhecido por Barão de Mauá, foi estabelecia a ligação do pequeno Porto de Mauá a Fragoso, na atual Área Metropolitana do Rio de Janeiro, numa extensão de 14.5 Km. Posteriormente, seria prolongada até Raiz da Serra (Vila Inhomirim), Petrópolis e Areal.

A inauguração da Estrada de Ferro, marcada para 23 de abril de 1854, devido ao mau tempo e por determinação do Imperador Dom Pedro II, foi transferida para o dia 30, um domingo. A comitiva Imperial foi acolhida no Porto de Mauá, onde, enfileiradas, as três locomotivas da Companhia foram abençoadas pelo cônego Chaves, representando o Bispo do Rio de Janeiro, que por doença não pôde comparecer. Para levar a efeito o projeto, em 29 de Maio de 1852, na sede do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, foi fundada a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis; com capital de 2 Mil Contos de Réis, divididos em 10 mil ações de Duzentos Mil Réis cada. O Barão subscreveu pessoalmente um terço das ações e foi nomeado Presidente da Companhia. A construção da ferrovia se iniciou em 29 de Agosto de 1852, com a presença do Imperador do Brasil.

Primeira Estrada de Ferro em Petrópolis

Cerimônia de lançamento da pedra fundamental da primeira ferrovia brasileira

Os trabalhos de construção foram conduzidos pelos Engenheiros ingleses William Bragge, Roberto Milligan (a quem coube a execução da Planta da Estrada) e Joseph Cliffe. Sob o comando de engenheiros ingleses, mais de 200 homens construíram a Estrada de Ferro Mauá na base da picareta, em dois anos a obra foi concluída. A viagem do cais até a Serra de Petrópolis reduziu para 30 minutos. Muitos objetos históricos associados com essa Estrada de Ferro ainda existem em Museus pelo Brasil. A Bandeira Imperial Brasileira usada na Inauguração da Estrada de Ferro em 1854 faz parte do Acervo do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Muitos objetos históricos associados com essa Estrada de Ferro ainda existem em Museus pelo Brasil. A Bandeira Imperial Brasileira usada na Inauguração da Estrada de Ferro em 1854 faz parte do Acervo do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. O Barão de Mauá entregou urna pá de prata ao Imperador Dom Pedro II pedindo que ele a usasse para começar a encher de terra um carrinho de mão em jacarandá, que mandara fazer para a ocasião. O imperador repetiu a operação três vezes, passando em seguida a pá aos três ministros presentes à cerimônia. O carrinho de obras de jacarandá, oferecido por Irineu a D. Pedro II, em 1852, no início das obras da primeira ferrovia brasileira está no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Telegrafo[]

Dom Pedro II e o Telegrafo

“A comunicação dos pensamentos, das ordens, das notícias já não encontra demora na distância.” Assim anunciava o ministro Eusébio de Queiroz, a Dom Pedro II, o êxito da implantação da primeira linha de telégrafo elétrico, em 1852, numa primeira etapa ligando a Quinta Imperial ao Quartel General do Exército. O Sacro Império Brasileiro encontrou o auge de seu desenvolvimento nos anos 1850, quando o país buscava acompanhar a marcha do progresso com a implantação de estradas de ferro, da iluminação a gás e do telégrafo elétrico.

Em 1866, o navio inglês Great Eastern estendeu um cabo submarino entre a Europa e a América do Norte, vencendo a chamada barreira da imensidão do oceano. Dom Pedro II, um entusiasta das inovações tecnológicas, não perdeu tempo. A telegrafia ultramarina poderia tornar avizinhar o Brasil da Europa, estreitando as relações com vista a divisas políticas e econômicas. Em 1872, concedeu ao Barão de Mauá o direito de lançar cabos submarinos e explorar a telegrafia elétrica entre o Brasil e a Europa por 20 anos. Coube ao recém construído Hooper, segundo maior navio do mundo no ramo, estender 1150 milhas náuticas de cabo submarino, de Recife até o banco de Bragança a 75 milhas de Belém. A linha foi inaugurada em setembro de 1873, com trocas de telegramas entre os governantes das duas províncias, e, em dezembro do mesmo ano, foi também concluída a ligação entre Salvador e Rio de Janeiro. A eletricidade agora ligava as cidades mais importantes do Império.

Seis meses depois, em 1874, partindo do Rio de Janeiro, cruzando o Atlântico até a colônia do Cabo Verde, Ilha da Madeira e Carcavelos, chegava a primeira transmissão telegráfica. Tratava-se de uma mensagem de Dom Pedro II informando o feito para a Rainha Vitória do Reino Unido. Ao longo de um século e meio, o telégrafo incorporou-se ao cotidiano dos povos, acelerou a comunicação e mudou o modo de descrever os acontecimentos. Sua difusão e seu desenvolvimento criaram uma cultura própria, com vocabulário, linguagem, ritmo e formas de comunicar compartilhados por milhões de pessoas em todo o mundo.

O cabo submarino do Barão de Mauá permaneceu em uso até o ano de 1973.

Expansionismo[]

Desde a independência, o Brasil ansiava por desarticular qualquer influência europeia na América do Sul, se possível em toda a América. A compra da Guyana Holandesa em 1844 e da Guiana Francesa em 1845, fez da Guiana Britânica os ultimo remanescente colonial europeu em suas fronteiras. O Sacro Império Brasileiro se expandia, agora por meio de acordos diplomáticos, a economia era a segunda maior do mundo. Na Europa, e em outros países do mundo, o Brasil era visto como uma grande potencia e uma nação moderna e cosmopolita, somente uma outra potencia não compartilhava dessa visão com o mundo, a Inglaterra, as relações entre o Brasil e Grã-Bretanha se deteriorava cada vez mais, adquirir o território por diplomacia havia se tornado quase impossível.

Questão Christie[]

William Dougal Christie

William Douglas Christie

Em 2 de abril de 1861 o mercante britânico Prince of Wales zarpou de Glasgow, Escócia, com destino para a cidade de Buenos Aires, Argentina, com carregamento de carbono, cerâmica, tecidos, azeite e vinho. Entre os dias 5 e 8 de junho de 1861 o navio encalhou na costa da então província do Rio Grande do Sul, em uma região desértica de perigosas praias para a altura do Farol de Albardão, a 87 quilômetros da barra do Arroio Chuí.

O embaixador William Douglas Christie pressionou ao governo imperial para, achar os culpados pelo roubo da carga e pagar uma indenização devido ao furto e os assassinatos de oficiais britânicos por militares brasileiros que auxiliaram os ladrões. Dom Pedro II se recusou a pagar a indenização, devido as conclusões precipitadas do embaixador, pois a investigação policial brasileira concluiu que todos a bordo da fragata morreram com a força do impacto, após o navio encalhar.Alem da violação ao território nacional com oficiais britânicos investigando o roubo da carga por conta propiá, sem autorização.

No ano seguinte, em 17 de junho de 1862. Dois oficiais da Marinha Real Britânica, trajados de civis, estavam em um cassino quando desacataram a autoridade de um policial, o delegado que os prendeu, Christie teve em suas mãos a nota do comandante naval na manhã do dia 24, enquanto se dispunha a abandonar o Rio de Janeiro para um descanso de uma semana por motivos de saúde. Ao voltar para o Rio de Janeiro, Christie exigiu a libertação dos oficiais para que fossem julgados na Inglaterra, a demissão dos policiais envolvidos e voltou a cobrar a indenização pelo roubo da carga, assim como a apresentação de uma desculpa formal por parte do governo imperial para Grã-Bretanha. Se os termos não fossem cumpridos, a Marinha Real bloquearia a entrada da Baía de Guanabara.

Em novembro de 1862 um esquadrão de guerra ao mando do contra-almirante Richard Laird Warren, composta da fragata HMS Forte, as escunas HMS Stromboli (comandante Arthur Robert Henry) e HMS Curlew (comandante Charles Stuart Forbes), a corveta HMS Satellite (comandante John Ormsby Johnson) e a canhoneira HMS Doterel, bloquearam o porto do Rio de Janeiro, tomaram cinco barcos que estavam ancorados lá, e exigiram uma compensação do governo de 3200 Libras.

Esquadra Inglesa na Bahia de Guanabara

Esquadra Inglesa na Bahia de Guanabara

Este incidente enfureceu a população da capital, que promoveu uma série de protestos e ameaçou com tomar represálias em contra das propriedades britânicas. Após protestar as medidas, o governo brasileiro, através de sua representação em Londres, apresentou uma demanda de indenização pelo confisco das embarcações capturadas pelo almirante Warren em princípios do ano 1863, mais além da exigência de uma desculpa formal pela violação do território nacional.

Leopold I of Belgium

Rei Leopoldo I da Bélgica

Diante da escalada, o governo brasileiro aceitou a arbitragem do Rei Belga Leopoldo I da Bélgica, da Casa Saxe-Coburgo-Gota, mas apenas no referente ao tratamento dos oficiais da fragata Forte. Na crença de que a arbitragem seria contrária ao Brasil, Pedro II decidiu pagar em adiantado a indenização manifestando que a base da discussão não era pelo dinheiro mas ao desprezo britânico pela soberania do Brasil.

Contra o esperado, em 18 de junho de 1863 o árbitro Leopoldo, tio da Rainha Vitória, sentenciou a favor do Brasil. Era ministro em Bruxelas o conselheiro Joaquim Tomás do Amaral, depois barão e visconde de Cabo Frio. O resultado foi comunicado ao representante do governo brasileiro em Bruxelas, quando foi recebido na corte em 21 de junho de 1863. Diante do resultado, o imperador começou a exigir a devolução do dinheiro pago e uma desculpa por parte do embaixador britânico, mas nunca conseguiu nem um nem o outro.

O diplomático do Império em Londres Francisco Inácio de Carvalho Moreira, depois barão de Pinedo, pediu ao gabinete de Saint James:

  1. que manifeste seu pesar pelos feitos ocorridos nas represálias;
  2. que manifeste não haver tido a intenção de violar a soberania do Império;
  3. indenização dos interessados.

Negando-se a tudo o governo britânico, o ministro se retirou da Grã-Bretanha e em 25 de maio de 1863 o Sacro Império Brasileiro rompia relações com o Império Britânico. Como consequência o "Tratado de 1826" foi revogado, e as alianças de paz, amizade e aliança foram rompidas.

O Segundo Império Mexicano[]

Emperador Maximiliano I de Mexico

Imperador Maximiliano I do México

Em 1960, o Arquiduque Maximiliano de Habsburgo, futuro Imperador Maximiliano I do México, fez uma visita à América do Sul. O Arquiduque foi recebido pelas princesas Isabel e Leopoldina em Petrópolis, e depois rumara até a Província do Espírito Santo para ver o seu primo Dom Pedro II. Amante da botânica e da zoologia, aproveitou a viagem para explorar a natureza tropical. A frente do Segundo Império Mexicano em 1864, devido ao rompimento das relações diplomáticas entre o Império Britânico e o Império do Brasil, não tardou em escrever para o seu primo brasileiro. As cartas alternavam comentários formais com mensagens de cunho pessoal. Elas revelam as estratégias usadas pelo imperador mexicano para se aproximar do Brasil. Tratando o primo brasileiro como um irmão, Maximiliano não poupa elogios ao governo que, segundo ele, desperta a inveja do novo mundo, e evoca possíveis afinidades entre seus impérios.

Até o começo de 1865 o Brasil ainda não havia reconhecido oficialmente o Império do México, devido ao fato de se haver uma intervenção Europeia, cujo o Sacro Império Brasileiro não permitia na America do Sul, mas a presença de Maximiliano I fez Dom Pedro II querer resolver a situação diplomaticamente. Maximiliano então passou a investir no envio de diplomatas ao Brasil. A representação diplomática na Capital do Rio de Janeiro passou a ter a mesma importância que tinham as de Viena, Bruxelas, Paris e Roma. Para defender os interesses mexicanos no Brasil, foi escalado Dom Pedro Escandón, advogado e agente comercial, filho de uma das famílias mais ricas do México. Ao chegar, em janeiro de 1865, Escandón logo percebeu o pouco entusiasmo de D. Pedro II e o desprezo cínico que a imprensa devotava ao Império mexicano. Mas os ventos pareciam anunciar tempos melhores.

No mês seguinte, Escandón foi recebido pelo imperador do Brasil no Palácio de São Cristóvão, em audiência pública e com todas as pompas. Seguro de que este reconhecimento de Pedro II serviria de fundamento para uma aliança de interesses entre os impérios americanos, Escandón discursou, entusiasmado, dizendo que era preciso conservar inalteráveis as preciosas relações que sempre devem existir entre dois povos irmãos, identificados em origem, raça, crenças e governo, falando línguas diferentes, mas compreendendo-se facilmente, porque a cordialidade expressa seus pensamentos e simpatias. Pedro II se limitou a agradecer a prova de amizade de seu primo, o Imperador do México. Depois da audiência, Escandón ainda tentou consumar um tratado de comércio com o Império do sul, e propôs que se enviasse um representante brasileiro ao México.

Paço de São Cristovão 1860

Paço de São Cristóvão

Tratado da Aliança e Amizade Brasilicana[]

O Imperador concordou em assinar o tratado de comercio e o envio de um representante brasileiro com a condição do envio das tropas francesas de volta a França e o fim da intervenção europeia na região. Compreendendo a situação que seu primo estava passando, Dom Pedro II propôs ao imperador mexicano o envio de tropas brasileiras para tomarem o lugar das tropas mexicanas, Maximiliano então aceitou os termos, e no dia 1 de Maio de 1865, foi consumado o "Tratado da Aliança e Amizade Brasilicana" entre o Segundo Império Mexicano e o Sacro Império Brasileiro, equivalente ao "Tratado de Windsor" assinado em 1386 entre Portugal e Inglaterra e revogado com o rompimento das relações diplomáticas entre o Império do Brasil e o Reino Unido, o tratado da estabeleceria um pacto mutuo e uma eterna aliança entre o império norte americano e o império do sul americano, dando inicio a uma aliança cultural, comercial, diplomática, amistosa e militar.

Maximiliano del México e Dom Pedro II do Brasil

A Compra do Alaska[]

BR RJANRIO O2 0 FOT117

Secretaria de Estado dos Negócios do Império

O Império Russo estava em dificuldades financeiras e em vias de perder o território do Alasca sem compensação em algum futuro conflito, sobretudo para o rival da época, o Império Britânico, que detinha o vizinho Canadá e cuja possante Marinha Real poderia facilmente tomar o controle das costas, de defesa difícil para a Rússia. O Czar Alexandre II decidiu então vender o território ao Sacro Império Brasileiro e encarregou o seu embaixador, o Barão Edouard de Stoeckl, de abrir negociações com o Ministro dos Negócios Zacarias de Góis e Vasconcelos, no início de Março de 1867.

As negociações concluíram-se após discussões que duraram uma noite inteira e a assinatura do tratado foi feita às 4 horas da manhã de 30 de março com um preço de compra de 7 200 000 dólares americanos. A opinião pública brasileira foi muitíssimo desfavorável a esta compra.

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