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Tetrápolis Renascentista é um grupo de cidades coloniais brasileiras conhecidas por terem sido os centros reluzentes das inovações nas artes, arquitetura, ciências, filosofia e indústria. Englobando as cidades de Nova Florença, em Ilhéus, Heráclion, em Santa Sofia, Afrodísia, no Paraná, e Veraluna, na Paraíba. A Tetrápolis possui em comum o fato de serem cidades planejadas, construídas ao custo de vultosas fortunas por aventureiros ricos e projetadas por artistas de influência renascentista.

Nova Florença[]

De todas as cidades da Tetrápolis, se não de todas as cidades da América colonial, Nova Florença foi a mais poderosa. Enquanto a influência de Heráclion, Afrodísia e Veraluna era puramente cultural e econômica, Nova Florença pode se orgulhar de ter sido a capital de um verdadeiro império. 

Nova Florença - Piazza

Piazza Nuova, no centro histórico de Nova Florença.

Com títulos como "Primeira Cidade" e "Cidade Imperial", Nova Florença sempre esteve destinada à grandeza. Fundada em 1502 pelo próprio Giuliano di Médici, um dos homens mais ricos da época, a primeira cidade do Brasil foi fundada com o propósito de ser o coração pulsante do império empresarial unificado de Giuliano, tornando-se em 1528 sede da Companhia do Banco Giuliano di Médici (conhecido a partir de 1552 apenas como Banco Médici). Sabe-se que Giuliano tinha um notável espírito aventureiro e empreendedor e acredita-se que viu nas novas terras descobertas uma terra de oportunidades. O Banco Médici era uma entidade muito rica e influente que basicamente controlava a política de vários reinos europeus, principalmente Portugal e Espanha, que na época estavam no auge de seu poder. Historiadores concordam que foi a influência do Banco Médici e, por extensão, de Nova Florença que protegeu a colônia das propostas lusas de impor uma colonização mais rígida no Brasil.Com a fundação da Companhia de Comércio do Ultramar (COU) em 1570 por Ângelo de Médici, o poder de Nova Florença atingiu um novo patamar. A COU não se manteve apenas como um poder econômico, mas se transformou em um potência política e militar que dominou grandes áreas ao longo do mundo. Nova Florença era capital de seu próprio império colonial e a COU negociava e guerreava em pé de igualdade com as grandes potências da época.

Nova Florença - rua

Rua em Nova Florença.

Entre 1600 e 1810 a COU foi incontestavelmente uma potência mundial, e Nova Florença era sua capital. O Arsenal de Nova Florença era o maior e mais eficiente estaleiro do mundo e supria a frota da COU com novos e bem armados navios. A COU influenciou a economia de Nova Florença de forma assustadora. A cidade era a mais rica e desenvolvida da América e produtos de todos os tipos podiam ser encontrados ou fabricados lá.

Nova Florença também era a casa do aço neoflorentino, um dos produtos brasilieros mais apreciados no exterior durante o período colonial. Era mais resistente, brilhante e durável que qualquer aço conhecido na época. Junto com o a cerâmica conhecida como olancelo e os tecidos conhecidos como propelina, o aço neo florentino era um dos três produtos manufaturados únicos extremamente valorizados que o Brasil tinha para oferecer ao mundo.

Casa de inovações militares, as muralhas de Nova Florença, construídas no início do século XVII, cobriam grande extensão da cidade e o porto. Era conhecida por ser impenetrável aos canhões mais poderosos e pelas 13 torres de defesa que ficaram conhecidas como Torres da Morte pelos holandeses que tentaram invadir a cidade. As torres possuiam avançados sistemas de lentes e espelhos, permitindo focalizar luz solar em um "raio da morte" que queimava navios instantaneamente a grandes distâncias. As muralhas e as torres ainda estão de pé hoje e são atração turística na cidade.

Com o início da Grande Conspiraçãona qual Napoleão Bonaparte minou as bases de poder da COU na Europa, a COU viu uma decadência que não veria fim. Em 1835, desmoronaria, legando ao Brasil já independente o império que mantivera por 200 anos.

Apesar do fim da COU, Nova Florença continuaria a se desenvolver como um grande centro naval e industrial muito importante para o Império Colonial Brasileiro.

Heráclion[]

Conhecida como Jóia GloriosaVeneza da América, Veneza americana ou Veneza do Sul, Heráclion se diferencia das outras cidades da Tetrápolis por sua originalidade. Exibe um estilo arquitetônico único no mundo, o estilo heracliano ou lucista que foi desenvolvido pelo jovem arquiteto neoflorentino Luís Felipe de Lucca em 1522. Caracterizava-se pelos edifícios em forma de paralelepípedo ou cilindro, em tons de bege e marrom, quase sempre com paredes com plantas trepadeiras floridas, janelas e terraços ajardinados e cúpulas e telhados de cor azul-turquesa, mesclando todos os estilos derivados da arquitetura clássica, desde os estilos greco-romanos, árabes, até os bizantinos e renascentistas. 

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Vista típica da Ilha de Theótita, em Heáclion. Centralizados pode-se ver o Arco Domado, por onde passa o cortejo final da Peregrinação das Águas, e a Catedral de São Jorge, o maior templo cristão ortodoxo do mundo. Ao fundo, o Lago Silena.

Filho de um dos fundadores de Nova Florença e nascido na cidade, Lucca havia viajado por toda a Europa e entrado em contato com diversos estilos arquitetônicos, bases que o fizeram inventar um novo. O fundador da vila de Heráclion, Caio Floros, que a fundou em 1524 junto a um grupo de colonos gregos, contratou o jovem arquiteto, filho de um amigo, para que projetasse e reconstruísse a vila. Com a fortuna de Floros a sua disposição, Lucca projetou uma nova cidade que flutuaria sobre diversas ilhas artificiais no Lago Silena. Ilhas foram construídas, quebra-ondas, canais e pontes. O solo das ilhas foi impermeabilizado, permitindo a construção de grandes galerias subterrâneas, e reforçado para a construção de grandes edifícios. Três pontes ligaram a cidade ao continente e à rede de estradas coloniais. Por 15 anos Heráclion foi um grande canteiro de obras. Mesmo décadas depois, mais e mais ilhas foram construídas até cobrirem quase um quarto do lago em 1700, quando a expansão da cidade foi interrompida. 

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Imagens representando o estilo heracliano nos edifícios da cidade.

Hoje, a cidade de Heráclion e seus 90 km2 flutuam sobre exatamente 347 ilhas concentradas principalmente na área nordeste do Lago Silena e seus 370 km2. A cidade é duas vezes e meia maior que Veneza, ocupando aproximadamente um quarto d área do lago. Seguindo a tradição, todos os novos edifícios, por mais que modernos, são construídos em estilo heracliano.Historiadores atestam que a escolha de edificar a cidade sobre as águas do Lago Silena tenha tido um propósito mais prático do que estético. A região era ocupada pelos índios goytacazes hostis. O explorador Caio Floros, registram os Anais de Santa Sofia, queria comprar dos índios uma grande faixa de terra às margens do Rio Paraíba do Sul, mas os nativos se ofenderam e perseguiram os colonos até o Lago Silena onde eles, diz a lenda, rogaram por salvação a São Jorge, encontrando às margens do lago algumas canoas abandonadas. Desesperados remaram até uma ilha no meio do lago onde, ainda de acordo com a lenda, São Jorge teria mandado a Floros uma visão, ordenando a construção em sua honra de uma cidade única no mundo que “flutuasse sobre o véu das águas” para ser sua cidade sagrada. Essa lenda inspiraria um dos maiores eventos da cidade, a Peregrinação das Águas, um extenso cortejo anual religioso com influências cristãs e pagãs que percorre pelo lago o trajeto original de Floros, atual Canal da Expiação, terminando com o Desfile das Náiades na Avenida do Domo.

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Mapa simplificado de Heráclion no Lago Silena mostrando os três grandes aglomerados de ilhas que formam a cidade.

Após a ocupação da ilha, está registrado que o lago foi a maior defesa da nova cidade, havendo até um chamado Corpo de Vigilantes Navais, que mantinham os nativos longe das águas do lago. Após crescer e prosperar, Heráclion teria iniciado uma guerra de extermínio que extinguiu os goytacazes.Durante o período colonial, outras cidades cresceram próximas ao lago como uma extensão econômica de Heráclion, como Náucratis. Zakhyntos, no litoral da província de Santa Sofia, é hoje maior cidade da província tendo crescido como principal porto exportador da região e Montressa, fundada por colonos franceses, a capital da província.

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Fota panorâmica da Peregrinação das Águas de 2002. A arquitetura heracliana é bem visível e predominante. Ao fundo, o fenômeno de verticalização, ainda que mantendo o estilo heracliano, é visível nos edifícios modernos construídos nos séculos XIX, XX e XXI. Apesar disso, Heráclion possui um crescimento demográfico ínfimo.

Atualmente, Heráclion é uma das cidades mais visitadas do Brasil, atraindo visitantes com sua arquitetura, história, balneários e eventos esportivos no Lago Silena.Em 1609, fundou-se a atual Academia de Ciências de Heráclion, que se tornou um grande centro de ensino na América. É hoje um dos melhores centros de ensino superior do Brasil em pesquisa nos campos da Física, Astronomia, Ecologia e Eletrônica.

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Vista da Praça de Minerva, e à volta, a Academia de Ciências de Heráclion.

Durante o século XVII, a cidade se desenvolveu como um grande centro de ensino e das artes. Foi, junto à Nova Florença, um dos grandes centros artísticos do Brasil. Tornou-se um grande entreposto comercial, principalmente com a produção de joias, tecidos de luxo e pedras ornamentais, como o mármore. Nesse período, foi inventado o Olancelo, um tipo de cerâmica que ficaria muito valorizada na Europa e Ásia.Apesar de seu valor histórico, Heráclion é uma cidade moderna. Em 1899 foi ligada às linhas ferroviárias nacionais com a construção da Estação Ferroviária Lucca, em estilo lucista, e em 1979 foi construído o Aeroporto Internacional de Heráclion. Quanto ao transporte interno, sendo uma zona livre de carros, Heráclion tinha o transporte a barco ou a pé apenas, até a construção do Sistema de Bondes Aéreos, um meio de transporte híbrido de bonde e monotrilho, sistema facilitou muito o transporte dentro da cidade.

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Vista de Heráclion durante o crepúsculo a partir do Palácio das Moiras, 2005. 

Afrodísia[]

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As Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, embelezam a vista de Afrodísia.

Conhecida como a "Cidade do Amor" ou a "Cidade Branca", sabe-se que as terras que hoje abrangem a cidade de Afrodísia e arredores foram descobertas em 1541 pelo rico explorador Alberto Lemos Gomes que, em exploração no bacia do Prata, descobriu as grandiosas Cataratas do Iguaçu.

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Palácio do Governo de Afrodísia.

Diante da visão deslumbrante, decidiu ali se estabelecer e construir uma “cidade dos sonhos”, onde pudesse envelhecer com sua família, e imortalizar seu nome como Heráclion e Nova Florença imortalizaram seus fundadores. Escolheu um local acessível, porém de fácil defesa, numa região do Rio Iguaçu alguns quilômetros ao norte das cataratas e com bom panorama da floresta subtropical circundante. Queria uma cidade em mármore e calcário, materiais trazidos da vila de Itapemirim, em Santa Sofia, e em estilo greco-romano. Após 10 anos de obras, que levaram grande parte da fortuna do explorador, a cidade foi concluída. Chamou-a Afrodísia, a “cidade do amor”. Após sua conclusão em 1553, Alberto Lemos levou sua família para morar na nova cidade, e diz-se que a cidade seria a maior prova de amor de Lemos para sua esposa. Em 1962 foi tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO. Seu estilo arquitetônico revivalista e seu pioneirismo de três séculos no estilo neoclassicista influenciariam os artistas da colônia e da Europa. Todos os edifícios da cidade são em estilo derivado do greco-romano, mesmo os edifícios modernos possuem um estilo clássico modernizado. 

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Estádio Mundus Novus.

As construções mais importantes e imponentes de Afrodisia eram a Acrópole, onde ficavam a Catedral de Afrodisia, construída como um estilo de um templo grego, e o Mercado Central; o Hipódromo, onde ocorrem corridas de bigas; o Fórum, onde ficam os órgãos públicos; o Teatro de Dionísio, onde são encenadas as mais variadas peças e se tornou o centro dos primeiros autores de teatro do Brasil; e as Termas Públicas, edifício de três andares onde havia as piscinas públicas, saunas, casas de massagem, casas de esportes e ginástica, e diversas lojas de alimentos, roupas, produtos de luxo, etc. Lorenzo Salvatore, o engenheiro de Lemos, desenvolveu um avançado sistema de distribuição de água que usava a correnteza do rio Iguaçu para mover um sistema de moinhos que bombeavam a água para a cidade. Afrodísia possuía dezenas de fontes e chafarizes ornamentados com estátuas e esculturas. Também criou um sistema de pontes e estradas que ligavam a cidade ao resto do continente.  

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Piscina a céu aberto moderna nas Termas Públicas.

Afrodísia enriqueceu de interações comerciais e bancárias clandestinas com a América Espanhola, principalmente os mineiros de Potosí, na Bolívia.

Colônia espanhola, Potosí era uma grande cidade que vivia da mineração da prata aparentemente inesgotável. Como nada se produzia na cidade, que era voltada exclusivamente à mineração, seus moradores compravam todos os itens, essenciais e de luxo, de Afrodísia a peso de prata e guardavam suas riquezas nos bancos da cidade, que geralmente também eram os principais financiadores de novas lavras. Essas atividades eram consideradas ilegais pela Coroa Espanhola, mas a impunidade era presente. Com a União Ibérica, a situação ficou ainda mais fácil para Afrodísia. Durante este período de prosperidade, a cidade se expandiu cada vez mais bela. Para chegar a Potosí, os afrodísios subiam pelo rio Iguatemi, seguindo por terra para o rio Apa, e finalmente subindo o rio Paraguai. Para facilitar o trânsito, os eles construíram grandes estradas e pequenas vilas ao longo do caminho, algumas hoje em território paraguaio. Afrodísia foi uma das cidades comerciais mais ricas do Brasil colonial, com conexões por toda metade sul da America do Sul, tanto nas colônias portuguesa como espanholas. 

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Palácio do Pretor. Diferente da maioria das cidades brasileiras, em Afrodísia o prefeito é chamado de Pretor.

Com a decadência de Potosí, Afrodísia se voltou para a exploração de erva-mate para o resto do Brasil e o comércio com o resto da região platina. Ainda assim, uma atividade que muito se desenvolveu foi a produção de seda. O clima subtropical e a abundância de capital para ser investido permitiram que a cultura da seda fosse introduzida. Outro fator importante foi a Companhia do Ultramar (COU) que forneceu o segredo da seda chinesa, roubada a China, para que a cidade a produzisse para ela. Logo, os afrodísios produziam uma seda de qualidade a nível semi-industrial, produzindo tecidos e roupas que eram usados pelas elites do Brasil, do resto da América e da Europa. Hoje a cidade tem uma economia baseada no turismo, embora haja uma produção artesanal de seda muito valorizada.

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Catedral de Afrodísia.

Veraluna[]

Veraluna

Prédios modernos dividem espaço com a arquitetura colonial de Veraluna.

Veraluna foi fundada em 1562 por colonos do norte da Itália e da Alemanha. Em função disso, possui grandes influências dos dois povos em sua cultura. Diz-se que dois grupos de exploradores alemães e italianos se encontraram em algum lugar no litoral da Paraíba, mas ao invés de conflitos, os dois grupos se uniram em seu objetivo: fundar uma nova colônia. Ele vagaram por todo o dia até o anoitecer, quando decidiram armar acampamento. Olhando para o céu, viram que era noite de lua cheia, a maior e mais bela lua cheia que já tinham visto. Assim, o líder italiano, Amadeo Baccari, sugeriu que construíssem as fundações da nova colônia ali e que a chamassem Città della Vera Luna, ou Cidade da Lua Verdadeira.

Com o crescimento da cidade, o nome veria-se abreviado para apenas Veraluna. A cidade cresceu e novos colonos vieram da Itália e Alemanha. Com uma cultura mista, arquitetura predominantemente alemã e costumes predominantemente italianos, Veraluna se tornou uma das cidades mais cosmopolitas do Brasil. 

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Área litorânea de Veraluna.

A cidade ficou conhecido por sua vocação na luta política por direitos civis. Os Atos de Veraluna, que deram diversos direitos aos escravos foram propostos pelo magistrado de Veraluna.

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