História alternativa Wiki
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Ah, o Império do Brasil. Possivelmente a trope mais exageradamente usada quando falamos sobre histórias alternativas focadas no Brasil. Nesse caso, essa daqui não é diferente, mas nesse caso tentando criar um ponto de vista um pouco mais moderado de um império brasileiro na atualidade, sem essa ideia de "como o Brasil se tornaria a maior potência do mundo se ainda tivesse a monarquia em poder". Vamos lembrar que isso são apenas histórias fictícias, um exercício criativo de uma mudança na história, que em hipótese alguma não deve ser levada em consideração como um argumento factual. Na nossa realidade o Brasil (ainda) é uma república de qualquer jeito.

Prelúdio[]

Pontuar um ponto de divergência para a preservação da monarquia do Brasil parece ser mais difícil do que parece. Apesar de podermos dizer que Dom Pedro II simplesmente "ganha" dos republicanos revoltados, já havia bastante caminho andado a ponto de se evitar um fim para o Império. O melhor ano que podemos começar a mudar a trajetória seria 1875, ano no qual a ocupação do território paraguaio termina. Nesse caso, podemos pontuar essas mudanças no percurso da história, principalmente na última década do governo de Pedro II:

  1. O confronto com os militares. Após a Guerra do Paraguai, os militares do Exército brasileiro se sentiam desprestigiado por membros da sociedade brasileira na época. Apesar de sair vitorioso, o exército não obtinha um investimento satisfatório do governo, promoções eram muito mais por questões pessoais do que por uma questão meritocrática, a proibição de manifestações públicas por oficiais militares, além também da recente difusão de ideais republicanos e positivistas entre os militares mais jovens.
  2. A questão abolicionista. Apesar do desgaste da imagem da monarquia durante a última década, a queda seria premeditada com a abolição da escravatura, do qual o regime monárquico perderia o apoio de grandes fazendeiros que se descontentaram com a abolição, ainda mais após o governo negar a indenização dos proprietários de escravos. Ainda assim, para os seus críticos, a imagem do regime estava intrinsecamente ligado ao do escravagismo.
  3. A sucessão imperial. Após a morte de seus dois herdeiros homens, haviam diversas dúvidas se a Princesa Isabel iria ascender ao trono imperial após a morte de Pedro II, dúvidas levantadas mesmo pelo próprio Imperador. Pedro II mesmo aparentava estar desinteressado nos afazeres da monarquia, e sua filha demonstrava nenhum interesse em assumir a coroa. Mesmo assim, ainda tinha a imagem pública de Conde d'Eu, que não era benquisto pela população como um todo, suspeitando que após Isabel assumir o trono, na prática ele governaria o país no lugar da futura rainha.

Entre outros, esses pontos foram cruciais para o fim da monarquia brasileira. Conseguindo reverter esses pontos, possivelmente conseguindo diminuir o número de elementos republicanos na sociedade, entre os militares, personalidades públicas, entre outros, o regime monarquista ainda teria maior chances de conseguir consolidar o poder do país após esse que seria considerado apenas um momento de instabilidade.

Resoluções[]

  1. Modernização das forças armadas brasileiras, profissionalizando-as, melhorando os equipamentos, organizando o sistema de promoções, e valorizando seu nome entre os membros da sociedade. Tomadas de decisão como a liberação de manifestações públicas por oficiais militares em troca de apoio do exército ao governo imperial. Apesar desse fato, essas decisões podem acabar descontentando políticos mais conservadores.
  2. O uso do crédito externo para a compensação das perdas de proprietários de escravos com a abolição. Medidas como essas acabaria por diminuir o número de aderentes influentes na política à causa republicana, ainda que ficassem meio indiferentes com a coroa brasileira. Seria ainda considerada uma ideia controversa, que ainda no fim os setores progressistas associariam o regime aos grandes fazendeiros, preservando um regime de castas e o voto censitário.
  3. Na questão do Conde d'Eu, não se tem ideia do que poderia fazer. Em Differently, por exemplo, ele morre de tuberculose em 1887, o que acaba causando um alívio do país não ser na prática governado por um "estrangeiro", e nesse caso, vou explorar esse caminho. Já a questão do desinteresse, é mais uma questão pessoal de Pedro II mesmo começar a guiar Isabel para a sucessão do trono.

Com essas ideias, podemos agora seguir em frente com a monarquia sendo preservada no país, e damos prosseguimento à história de Um Império Nos Trópicos.

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